Entre os cerca de 1.300 expositores marcam também presença na feira com 'stand' próprio a Sogrape Asia Pacific, Madeira Wine Company, Quinta do Noval, Symington Family Estates, e Taylor Fladgate e a Yeatman Vinhos, segundo a Agência para o Investimento e Comércio Externo em Portugal (AICEP).

Esta é a primeira vez que a Associação das Empresas de Vinho do Porto (AEVP) está na Vinexpo em Hong Kong, com 11 empresas.

"O mercado chinês apresenta um grande potencial para os vinhos portugueses, pelo que o objetivo desta nossa participação é reforçar a presença dos vinhos do Porto e Douro neste mercado", disse o assessor da direção da AEVP, Simão Machado, em resposta à Lusa.

Já a ViniPortugal está na feira com 35 produtores numa área total de 200 metros quadrados. Esta participação na Vinexpo em Hong Kong decorre depois de 20 empresas nacionais terem participado em ações daquela associação em três cidades chinesas -- Guangzhou, Nanjing e Pequim --, que incluiu seminários e provas de vinho, explicou a gestora da ViniPortugal para a Ásia, Cátia Moura, à Lusa.

"A China é um mercado que exige um esforço acrescido, pois associa a um baixo conhecimento sobre o vinho um desconhecimento sobre Portugal, mas que nos últimos 18 meses tem revelado um crescimento notável, sobretudo nos vinhos certificados, que ultrapassaram já os 10 milhões", disse, em comunicado, o presidente da ViniPortugal, Jorge Monteiro.

"Este esforço promocional na China Continental é complementado por uma aposta na educação e formação em Hong Kong e Macau", acrescentou.

Pelas contas da ViniPortugal, no espaço de seis anos (2008-2013) as exportações de vinhos portugueses para a China subiram de 1,8 milhões de euros para 14 milhões de euros.

Na lista dos países que exportam mais vinho para a China, encabeçada pela França, Portugal está no 11.º lugar, atrás de Espanha, Itália e Alemanha.

A Vinexpo realiza-se anualmente, de forma alternada entre Bordéus, no sudoeste de França, e Hong Kong.

Na última edição realizada na antiga colónia britânica, representantes do setor mostraram sinais de preocupação face ao recuo do consumo e das importações do primeiro mercado asiático, uma consequência da campanha anticorrupção das autoridades chinesas que incluiu restrições às ofertas de vinho e de bebidas alcoólicas, escreve a agência AFP.

"Viemos a Hong Kong com mais confiança porque em 2014 havia mais incerteza em relação à política de austeridade decidida pelo Governo e a uma situação económica que não era excelente", disse o diretor geral da Vinexpo, Guillaume Deglise, à AFP.

Mas, o mercado chinês "está a começar a amadurecer", acrescentou, a evidenciado o otimismo nos sinais de recuperação.

A Vinexpo de Hong Kong termina na quinta-feira, depois de três dias de feira que incluem seminários e provas de vinhos.

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