Os resultados definitivos da sessão indicam que o Dow Jones Industrial Average recuou 0,37% (97,84 pontos), para as 26.017,81 unidades, e o Nasdaq 0,03% (2,23), para as 7.296,05.

O índice alargado S&P500 perdeu 0,16% (4,53), para os 2.798,03 pontos.

Os títulos das empresas de energia agrupados num subíndice do S&P500 baixaram 0,80%, depois da divulgação de um relatório dos EUA sobre o nível dos 'stocks' petrolíferos no país "dececionante", segundo Phil Davis, da PSW Investments.

Os dois principais grupos norte-americanos do setor, Exxon Mobil e Chevron, baixaram respetivamente 0,65% e 0,58%.

Depois de ter valorizado mais de 4% na quarta-feira, a ação da Boeing, construtor aeronáutico e membro relevante do seletivo Dow Jones, caiu 3,09%, o que afetou este índice.

A bolsa nova-iorquina interrompeu assim a sua série de recordes, depois de ter fechado por sete vezes em níveis inéditos nos três principais índices desde 01 de janeiro.

"Os níveis de valorização são insustentáveis e ridículos", comentou Davis.

A forte tensão dos rendimentos das obrigações do Tesouro dos EUA também pressionou o mercado acionista, afirmou Art Hogan, da Wunderlich Securities, com a taxa a 10 anos a evoluír para 2,619% depois dos 2,590% registados na noite de quarta-feira.

Já hoje culminou nos 2,626%, o valor mais alto desde março de 2017.

Da mesma forma, o rendimento das obrigações a 30 anos avançou hoje para 2,894%, depois dos 2,857% de quarta-feira.

A taxa de rendimento paga pela dívida norte-americana a dois anos atingiu, por seu lado, os 2,056% durante a sessão, um máximo desde 2008.

"Esta evolução traduz uma subida da inflação norte-americana, bem entendido que ligeira, mas que vai encorajar o banco central norte-americano a continuar a subir as suas taxas de juro", comentou Tom Cahill de Ventura Wealth Management.

Excluindo itens voláteis como a energia e a alimentação, o índice dos preços no consumidor avançou 0,3% em dezembro, "a subida mais importante desde janeiro de 2017", sublinhou o Departamento do Trabalho.

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