O regulador do mercado justifica o aumento do risco no mercado acionista com a baixa volatilidade que pode conduzir a fortes correções: "durante períodos de baixa volatilidade, os agentes individuais e institucionais aumentam o sentimento subjetivo de segurança e, portanto, a escolha de estratégias de risco", lê-se no relatório.

Nesse sentido, a CMVM acrescenta que "quanto maior o período de calma, maiores os desequilíbrios que podem surgir no sistema financeiro no caso de um evento inesperado que crie a necessidade de mudar as estratégias de investimento".

Já o aumento do risco no mercado imobiliário é justificado pelo regulador com a pressão no crédito e na avaliação do risco, que lembra que "o número de transações quase duplicou e os preços cresceram 18% entre o segundo trimestre de 2014 e o segundo trimestre de 2017".

Nesse sentido, a CMVM considera que é necessária uma vigilância "cada vez mais estreita" pelos reguladores e também pelos órgãos governamentais.

A entidade liderada por Gabriela Figueiredo Dias admite também uma subida dos riscos relacionados com as 'fintech', empresas tecnológicas de serviços financeiros, sobretudo relacionados com más práticas.

"A crescente adoção de plataformas de financiamento alternativas pode expandir os riscos operacionais, erros e má conduta das empresas, risco de fraude e burla pelos utilizadores das plataformas e riscos de liquidez devido à falta de um mercado secundário", considera a CMVM.

Ainda segundo o 'Risk Outlook', divulgado hoje pela CMVM, os riscos sistémicos, das obrigações e do investimento mantêm-se em 2018 e o risco no mercado de financiamento baixa.

SP// ATR

Lusa/fim

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