"O objetivo primordial da MovingDiáspora é apoiar a comunidade lusófona através de serviços e também realizar projetos para potenciar a nossa comunidade, realizando formações e apoiando as microempresas, entre outras iniciativas", afirmou Mário de Carvalho.

Na sexta-feira, será inaugurado o espaço da MovingDiáspora, no n.º 78 da avenida do Brasil, na Reboleira, Amadora.

A cooperativa vai abrigar no seu seio a associação Movimentar a Amadora Para Acreditar (MAPA), apresentada em setembro último e que se assumirá como o "braço social" da cooperativa.

"A MAPA vai desenvolver várias ações, como consultas de clínica geral, saúde mental e apoio jurídico", sublinhou Mário de Carvalho.

Segundo o presidente da MovingDiáspora, a cooperativa pretende realizar ações para promover a melhoria das condições de vida dos imigrantes e seus descendentes e estimular as capacidades próprias (económicas, culturais e sociais) da comunidade lusófona como elemento fundamental da sociedade em que se insere.

Mário de Carvalho referiu que "é necessário criar as condições que permitam uma participação ativa de todos os cidadãos lusófonos no desenvolvimento de projetos que contribuam para a melhoria da qualidade de vida dos habitantes da Amadora, designadamente da diáspora africana e brasileira que representa uma fatia importante da população do concelho, criando-se assim uma maior consciência política e cívica da população imigrada em Portugal".

A cooperativa vai atuar com o objetivo de apoiar à criação de emprego, a criação de microempresas, em ações de formação profissional, abertura de "balcões" para venda de passagens aéreas, seguros, venda de bilhetes de avião, transporte de mercadorias e transferências financeiras de e para os países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

"A Amadora é uma cidade multicultural. Residem na Amadora 43 nacionalidades diferentes e 57% dos residentes são imigrantes - sem contar com a segunda e terceira gerações, que já têm a nacionalidade portuguesa -, sendo que a comunidade estrangeira mais numerosa é a cabo-verdiana", disse Carvalho, que também é o presidente da Associação Cabo-Verdiana até ao final deste ano.

"Fizemos o levantamento de 111 microempresas, pequenos cabeleireiros, cafés, oficinas, e vamos criar uma rede dessas microempresas, a que daremos acesso a formação, microcrédito", entre outros serviços, explicou.

De acordo com Mário de Carvalho, a MovingDiáspora alojará na sua sede os balcões da TIBA -- Portugal, Transportes Internacionais e Trânsitos; da Real Transfer; da Casa do Cidadão; dos TACV (Transportes Aéreos de Cabo Verde), e uma empresa de contabilidade, entre outros.

Para a manutenção destes serviços e para a ampliação dos projetos, cada cooperante vai pagar um euro por mês.

CSR // EL

Lusa/fim