De acordo com uma nota aos investidores, datada de 21 de outubro, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) reitera que "quaisquer pagamentos antecipados dos empréstimos ao Fundo Monetário Internacional (FMI)", que totalizam os 1,5 mil milhões de euros em 2017, "estão dependentes das condições de mercado".

"As necessidades de financiamento a serem cobertas com emissão de dívida de médio e longo prazo em 2017 totalizam efetivamente os cerca de 16,5 mil milhões de euros, dos quais cerca de 40% deverão ser financiados até ao final de 2016", lê-se na nota sobre a qual a Lusa pediu alguns esclarecimentos, prevendo o IGCP chegar ao final deste ano com uma almofada de 6,6 mil milhões de euros.

Na nota, a instituição liderada por Cristina Casalinho antecipa que as necessidades líquidas de financiamento de 2017 totalizem os 9,6 mil milhões de euros, "cerca de três mil milhões abaixo do registado em 2016".

O IGCP justifica este montante com a "mais baixa aquisição líquida de ativos financeiros, uma vez que o valor de 2016 é altamente influenciado pela capitalização planeada da Caixa Geral de Depósitos, usando 2,7 mil milhões de euros de fundos públicos".

As necessidades brutas de financiamento do próximo ano deverão situar-se "perto dos 18 mil milhões de euros", tendo em conta o vencimento de cerca de 6,8 mil milhões de euros em dívida de médio prazo e assumindo o reembolso de 1,5 mil milhões de euros ao FMI.

Estas necessidades de financiamento vão ser cobertas pela emissão de dívida de médio e longo prazo (16 mil milhões de euros), pelo retalho (1,5 mil milhões de euros e provavelmente pelo aumento do stock de títulos do tesouro (500 milhões de euros).

ND // ATR

Lusa/fim

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