"Esse planeamento tem por base os recursos disponíveis e os vários cenários de risco, incluindo o máximo, pelo que não está previsto alterar o programado, não obstante possam ocorrer ajustamentos ao longo do período crítico", afirmou o ICNF, questionado acerca da possibilidade de reforçar meios devido à dimensão de incêndios que já ocorreram.

O ICNF participa no dispositivo de combate aos incêndios florestais com vários meios, como 53 equipas de assistentes operacionais e vigilantes e 255 equipas de sapadores florestais, com 1.275 profissionais.

A entidade, tutelada pelos ministérios do Ambiente e da Agricultura, integra o Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Florestais (DECIF), com "53 equipas de assistentes operacionais e de vigilantes da natureza, num total de 167 elementos e 47 viaturas", refere o ICNF, em resposta a questões da agência Lusa.

O objetivo daqueles meios é a gestão, defesa e salvaguarda do património florestal, vigilância e primeira intervenção em áreas tuteladas pelo ICNF e pela Rede Nacional de Áreas Protegidas.

Da lista de meios afetos à DECIF constam também 255 equipas de sapadores Florestais, num total de 1.275 sapadores e 255 viaturas, pertencentes a câmaras municipais, organizações de produtores florestais, organizações de baldios.

Aqueles, explica, no exercício do serviço público definido pelo ICNF e financiado pelo Fundo Florestal Permanente, realizam ações de vigilância, de primeira intervenção em incêndios nascentes e prestam apoio ao rescaldo e vigilância após incêndio.

O ICNF refere também a participação direta de 18 técnicos coordenadores da prevenção estrutural a nível de distrito.

Fora do DECIF, o instituto afeta os técnicos e as equipas de assistentes operacionais e de vigilantes da natureza à prevenção e vigilância, "em função do índice de perigo", aponta ainda a entidade.

O planeamento e programação das ações e meios que o ICNF direciona para a defesa da floresta contra incêndios realiza-se no início de cada ano, em articulação com as restantes entidades responsáveis pelo Sistema de Defesa da Floresta Contra Incêndios.

Entre as áreas protegidas, este ano foram atingidos pelos incêndios o Parque Nacional da Peneda-Gerês e os parques naturais de Montesinho, do Alvão e da Serra da Estrela, com uma área ardida total estimada em 1.483 hectares.

O Parque Natural do Alvão, que tem 7.238 hectares, registou uma área ardida de 273 hectares e "foi o mais afetado percentualmente", explicou o ICNF.

O Parque Nacional da Peneda-Gerês, com uma área de 69.594 hectares teve 815 hectares queimados, sendo "o que teve maior área ardida em termos absolutos", acrescentou.

Dois grandes incêndios deflagraram há uma semana na região Centro, provocando 64 mortos e mais de 200 feridos, tendo obrigado à mobilização de mais de dois milhares de operacionais.

Estes incêndios, que deflagraram nos concelhos de Pedrógão Grande e Góis, consumiram um total de cerca de 50 mil hectares de floresta [o equivalente a 50 mil campos de futebol] e obrigaram à evacuação de dezenas de aldeias.

As chamas chegaram ainda aos distritos de Castelo Branco, através do concelho da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra, mas o fogo foi dado como dominado na quarta-feira à tarde.

O incêndio que teve início no concelho de Góis, no distrito de Coimbra, atingiu também Arganil e Pampilhosa da Serra, sem fazer vítimas mortais. Ficou dominado na manhã de quinta-feira.

EA // HB

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