No debate parlamentar quinzenal, António Costa sublinhou as medidas já adotadas na proposta de Orçamento do Estado para 2018 (OE2018) - 20 milhões de euros para equipas de sapadores florestais e 131 milhões de euros para prevenção de incêndios - e garantiu que não serão as contas públicas a impedir a proteção do território.

"Não será, seguramente, o nosso empenho na consolidação orçamental que frustrará aquilo que é absolutamente prioritário, que é reforçar a prevenção estrutural, conjuntural e operacional na nossa floresta", afirmou o primeiro-ministro, citando o ministro das Finanças, numa recente reunião.

Jerónimo de Sousa tinha repetido uma pergunta efetuada em junho ao chefe do executivo sobre se estaria disposto a gastar na floresta e na agricultura familiar tanto como o Estado gastou no Banif [cerca de 500 milhões de euros no processo de resolução daquele banco entre 2015 e 2016].

"Está na disposição de, ainda na fase de debate do OE2018, assumir essa clareza e compromissos, mesmo reconsiderando as metas do défice definidas (1% do PIB em 2018) e desfasadas da realidade do país? Do nosso ponto de vista, as pessoas têm de estar primeiro que o défice. Se assim for, estaremos a prestar a melhor homenagem aos que perderam a vida, bens, habitação, empresa ou produção", acrescentou o líder do PCP.

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