"Não é uma moção para criar nenhum problema a uma maioria parlamentar que recupere rendimentos. É um contributo para uma estratégia para garantir que essa recuperação de rendimentos é sustentada no tempo", respondeu Catarina Martins aos jornalistas no parlamento, à margem de uma audição pública sobre contratação coletiva.

Segundo a porta-voz do BE, a moção que apresenta à próxima convenção do partido "não é uma resposta ao PS, não é uma resposta à Comissão Europeia, não é uma resposta ao sistema financeiro", mas sim a resposta do Bloco de Esquerda para o país.

"A maioria parlamentar assenta na recuperação de rendimentos de trabalho e na proteção do Estado social. O sistema financeiro é um risco para essa estratégia. Não existir uma estratégia para a economia é um risco para essa estratégia. O BE não é um risco. O BE faz as propostas que são necessárias para proteger o país", assegurou.

A moção conjunta que as principais tendências do BE levam à próxima Convenção, em junho, alerta que, sem uma nova estratégia, "não é possível" sustentar o "compromisso de recuperação de rendimentos em que assenta a maioria parlamentar".

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Lusa/fim