"O governo português acolheu com enorme satisfação o anúncio ontem [quarta-feira] feito pelo presidente Juan Manuel Santos de que foi alcançado o acordo final, completo e definitivo para pôr fim ao conflito armado com as FARC", indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado.

A guerra, que começou em 1964, é o último grande conflito armado no continente americano e causou 260.000 mortos, deslocou 6,8 milhões de pessoas e deixou 45.000 desaparecidos.

"Caberá agora aos colombianos a decisão histórica sobre a solução para um tão longo e doloroso conflito", acrescenta ao comunicado, numa referência ao referendo previsto para que o acordo, agora anunciado, seja aprovado, ou não, pelos colombianos.

Se a população colombiana aprovar este acordo, "o governo português estará pronto para participar com todo o empenho no esforço internacional para apoiar a Colômbia na sua aplicação, que será certamente difícil e complexa", indica o documento, destacando a mensagem de felicitações enviada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, à homóloga colombiana, Maria Angela Holguín.

O atual acordo foi conseguido após quatro anos de duras negociações em Cuba.

"Chegámos a um acordo para a paz final, completa e final", lê-se num texto assinado por ambas as partes e lido pelo diplomata cubano Rodolfo Benitez, em Havana, sede das negociações da Colômbia, desde novembro de 2012.

Os três anteriores processos de paz com as FARC terminaram em fracasso.

Bogotá prossegue a luta contra o grupo rebelde Exército de Libertação Nacional (ELN), criado em 1965.

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