Em declarações aos jornalistas, no final de uma visita ao concelho de São Pedro do Sul, distrito de Viseu, um dos mais atingidos pelos incêndios florestais de agosto, o chefe de Estado admitiu que serão necessários apoios para a reflorestação de áreas ardidas nalguns casos, recuperação vegetal, abertura de caminhos e reconstituição de bens que foram danificados e lembrou que o primeiro-ministro, António Costa, agendou para outubro um Conselho de Ministros sobre o tema.

"Eu próprio acompanharei muito de perto para ter a certeza de que no pino do inverno ninguém se esquece do que aconteceu no verão", disse Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República disse ainda que o apoio público "será devidamente calculado quando houver um distanciamento" [dos incêndios deste verão], esperando que esse apoio [chegue] aos que tiveram prejuízos com os incêndios "não demore muito tempo".

Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que o país ainda está a viver um período "em que toda a precaução é pouca" face aos incêndios florestais que se podem estender até setembro ou outubro.

"O que importa é prevenir, e é possível retirar [lições] daquilo que aconteceu este ano, e que em alguns casos foi pior do que aconteceu em 2010 ou 2006 ou 2005. Retirar as lições e projetá-las para o futuro", defendeu.

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