De acordo com fonte da Presidência da República, o chefe de Estado falará na Junta de Freguesia de Almancil, no concelho de Loulé.

Ao final da manhã, numa declaração à Lusa, Marcelo Rebelo de Sousa adiantou que já falou telefonicamente com o filho da portuguesa que morreu na sequência do ataque em Barcelona, e que é também pai da jovem que está desaparecida, exprimindo as suas "condolências pessoais".

Marcelo Rebelo de Sousa referiu que transmitiu ainda a "esperança" de que a jovem desaparecida seja encontrada.

Numa mensagem divulgada na página da Internet da Presidência da República na Internet, o chefe de Estado português manifestou também "o seu apoio à família neste momento difícil, apresentando as suas sentidas condolências".

Na nota, o Presidente da República, que na quinta-feira contactou o Rei de Espanha, condenou ainda, "mais uma vez", com "veemência, o ato terrorista", manifestando a solidariedade portuguesa a todas as vítimas.

Uma mulher de nacionalidade portuguesa, de 74 anos e residente em Lisboa, é uma das 14 vítimas mortais dos ataques registados na Catalunha, disse à Lusa o secretário de Estado das Comunidades.

Desconhece-se em que contexto a mulher estava na capital da Catalunha, mas sabe-se que uma outra mulher, de 20 anos, a acompanhava, ignorando-se o seu paradeiro, adiantou o governante.

"Encontra-se mais uma portuguesa desaparecida, que terá 20 anos. Estamos a desenvolver diligências para tentar verificar o seu paradeiro", frisou.

O secretário de Estado já informou a família da vítima mortal portuguesa, a quem transmitiu "disponibilidade para apoiar em tudo o que for necessário", nomeadamente na identificação e nos procedimentos para a trasladação do corpo.

Segundo as informações recolhidas pelo Governo junto dos hospitais que receberam vítimas do ataque, entre os feridos não há portugueses, realçou, adiantando que há cerca de 35 mil portugueses inscritos nos serviços consulares na região da Catalunha.

Espanha foi alvo na quinta-feira de dois ataques terroristas, em Barcelona e em Carrils, Tarragona, que fizeram 14 mortos e cerca de 100 feridos.

O atentado de Barcelona ocorreu cerca das 17:00 locais (16:00 em Lisboa) de quinta-feira, quando uma furgoneta branca Fiat galgou um passeio e avançou sobre a multidão nas Ramblas, grande avenida do centro da capital catalã frequentada diariamente por milhares de pessoas.

Horas depois, de madrugada, cinco homens a bordo de um automóvel Audi A3 atropelaram um grupo de pessoas em Carrils, Tarragona, uma estância balnear a cerca de 100 quilómetros de Barcelona.

Seis pessoas, incluindo um polícia, ficaram feridas. Uma delas, uma mulher que estava em estado crítico, acabou por morrer hoje, elevando para 14 o balanço de vítimas mortais dos dois ataques.

VAM (ZO/SBR/MDR) // ZO

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