"O balanço em termos de adesão à greve foi muito positivo, neste segundo dia subiu ligeiramente, e o balanço global situa-se nos 69%. Em relação aos objetivos, atingimos alguns, quer no caminho para a greve quer no decurso da greve", disse Guadalupe Simões, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).

Segundo a mesma responsável, na sexta-feira foi enviada uma carta a pedir uma reunião urgente com os ministros das Finanças e da Saúde para discutir um plano de contratação de profissionais e para resolver o pagamento das horas extraordinárias em dívida aos enfermeiros.

"Foi um compromisso do Ministério da Saúde pagar as horas extraordinárias até ao final do ano passado e não foram pagas. Vão ter de dar resposta a esta questão", frisou.

Guadalupe Simões referiu ainda que é necessária a admissão de mais enfermeiros, lembrando a publicação do instrumento que consagra as 35 horas para os enfermeiros em contrato individual de trabalho.

"O trabalho extraordinário é feito e não é pago, o Ministério das Finanças não autoriza a substituição de enfermeiros ausentes por doença profissional e a passagem para as 35 horas vai obrigar à admissão de enfermeiros, caso contrário é mais uma medida que fica no papel e não se concretiza", frisou.

Os enfermeiros iniciaram às 08:00 de quinta-feira uma greve de dois dias pela "valorização e dignificação" destes profissionais, uma paralisação que ficou agendada apesar da marcação de um calendário de negociações com o Governo, que era uma das suas 15 reivindicações.

Os objetivos desta greve prendem-se essencialmente com a valorização e dignificação dos enfermeiros.

AJO // ARA

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