Ana e Jaime, os protagonistas, conhecem-se há mais de dez anos e amam-se, mas não estão juntos, porque as suas vidas, em conjunto, se complicam. Por isso, tentam matar o amor, julgando que, sem ele, o seu dia-a-dia se tornaria mais eficiente.

Entre viagens, trabalho, contas e rendas de casa por pagar, recordações, encontros, desencontros e todos os de mais contratempos, o que sentem um pelo outro resiste. No final, encontram-se e cada um perceberá por si mesmo se conseguiram ou não matar de facto o amor.

"Tentativas para matar o amor", de Marta Figueiredo, foi o texto vencedor do Grande Prémio de Teatro Português da Sociedade Portuguesa de Autores/Teatro Aberto 2015, e é agora levado à cena, numa coprodução entre o Teatro Aberto e a Companhia Mascarenhas-Martins, com encenação de Levi Martins e Maria Mascarenhas.

"É um texto muito próximo daquilo que é a vida de uma geração, com alusões a coisas muito concretas que, se não conseguem matar o amor, conseguem, de facto, impor-lhe grandes dificuldades e limitações", disse Levi Martins à agência Lusa.

"Certamente que as gerações mais novas se identificam com as personagens do texto a quem os problemas do quotidiano acabam por dificultar, limitar ou mesmo impossibilitar viver os afetos", acrescentou Levi Martins.

A peça acaba por desenvolver-se em três linguagens -- teatro, música e cinema --, sendo a expressão do cinema a que confere realidade às emoções vividas pelas personagens em palco (recordações, memórias da vida em comum, viagens passadas), por estabelecer o confronto dramático.

Além de Ana e Jaime, entra ainda em cena uma terceira personagem, Manuel, amigo de Ana, que também tem a sua história de amor, que acaba por ser igualmente uma história de solidão.

Cleia Almeida (Ana), Tomás Alves (Jaime) e Eurico Lopes (Manuel) são os intérpretes de "Tentativas para matar o amor", que tem figurino de Dino Alves.

Com cenário e desenho de luz de Adelino Lourenço e música original e sonoplastia de André Reis, a peça vai estar em cena de quarta-feira a sábado, às 21:30, e aos domingos, às 16:00, a partir de 03 de março.

CP // MAG

Lusa/fim