"É uma situação que não pode continuar porque neste momento começa a ser posta em causa a viabilidade económica do próprio Porto de Lisboa. Isto não pode acontecer, estamos a degradar uma atividade extremamente importante para a economia nacional e para a criação de emprego", lamentou, à margem da tomada de posse da nova administração da Docapesca.

Afirmou igualmente que o Ministério do Mar "tem vindo a trabalhar em rede com todas as entidades para detetar e ultrapassar incumprimentos" quanto os serviços mínimos decretados pelo Governo, mas salientou igualmente que o país e o Porto de Lisboa não pode viver de serviços mínimos, pelo que serão necessárias outras soluções.

Questionada sobre os prejuízos causados pela greve que se prolonga há um mês, explicou que o impacto não se mede apenas no Porto de Lisboa, já que as empresas de outros portos têm feito esforços adicionais para acolher o tráfego de mercadorias desviado de Lisboa, nomeadamente Leixões ou Sines, o que se traduz em maiores custos, mas também mais receitas para essas infraestruturas.

Por outro lado, há custos indiretos que não estão quantificados e que se traduzem em atrasos na laboração de fábricas por falta de material ou produtos que deixam de ser exportados.

A ministra do Mar salientou que a greve, que dura há quatro anos de forma intermitente e atualmente há cerca de um mês "é uma situação muito grave para a economia" que "persiste há demasiado tempo" e isso é "insustentável".

Assinalou ainda que existem muitas empresas dependentes do Porto de Lisboa "e mesmo que se faça todo o apoio logístico à transferência de cargas, quer para os serviços mínimos, quer para a transferência de cargas para outros portos nada justifica esta situação".

RCR// ATR

Lusa/fim

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