As imagens foram captadas por infravermelhos, sem a presença de humanos para não interferir com o meio ambiente. As fotografias de alta qualidade são tão detalhadas que permitem mapear populações sobre as quais pouco se sabia antes.

"Sempre que há um humano envolvido pode ser muito perturbador para os animais. Mas com estas “armadilhas fotográficas” os animais simplesmente deixam-se estar. O máximo que apanham é um clique ou um flash, mas rapidamente aprendem que não se trata de uma ameaça e passado um tempo começam a ignorar. Esta é realmente a maneira menos intrusiva para reunir informações e dados sobre o local de onde estes animais são e, obviamente, conseguir imagens deles", explicou o fotógrafo Will Burrard-Lucas à Reuters.

As imagens têm sido captadas na Área Transfronteiriça de Conservação do Kavango Zambeze, que é uma das maiores zonas protegidas do mundo, atravessando cinco países (Angola, Namíbia, Botswana, Zâmbia e Zimbabwe).

Os investigadores da WWF acreditam que os animais vagueiam dentro e fora do parque e querem saber mais sobre eles pois "muitas destas espécies são difíceis de documentar de outra maneira”, afirmou Paul Glover-Kapfer, da WWF. Para este investigador, as “armadilhas fotográficas foram de facto uma tecnologia inovadora para a investigação da conservação e da vida selvagem” dando oportunidade aos animais de viverem normalmente no seu habitat natural sem a interferência de terceiros.

A WWF concluiu que esta é uma forma mais eficaz de ajudar algumas das espécies mais ameaçadas do mundo.

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