O foguetão que transportou a nave levantou sem problemas do Centro Espacial de Wenchang (na ilha de Hainan), dando inicio a uma missão de cinco meses.

Dez minutos após o lançamento a nave separou-se do foguete e entrou na órbita prevista para se acoplar ao laboratório espacial chinês “Tiangong 2”, anunciou um comunicado oficial.

O desenvolvimento de um cargueiro espacial era imprescindível para a construção da estação espacial, cujo primeiro módulo será colocado no espaço em 2019 (um ano depois do previsto inicialmente) e que se espera esteja concluída três anos depois.

Durante a missão a nave “Tianzhou 1” (navio celestial) ensaiará três tipos diferentes de acoplagem ao laboratório espacial, ao qual estará unida durante dois meses. Também fará o transvase de combustível para que o “Tiangong 2” mantenha a órbita, bem como equipamentos científicos e técnicos.

A primeira acoplagem é no próximo sábado, segundo as previsões do controlo da missão.

Após cinco meses numa órbita a 385 quilómetros de altitude, o cargueiro espacial iniciará uma descida controlada para se desintegrar nas camadas mais altas da atmosfera.

O principal objetivo da missão é comprovar o funcionamento da nova nave, que será necessária para o transporte de todo o tipo de elementos para a estação espacial.

A futura estação espacial vai exigir um abastecimento periódico de alimentos, água, oxigénio e materiais, sendo que o programa espacial chinês não pode avançar na construção da estação sem ter antes um sistema fiável de transporte.

A “Tianzhou 1” é uma nave de nove metros com uma capacidade de carga de 6,5 toneladas e um peso total de 13 toneladas, cujo desenvolvimento pressupôs “um esforço de seis anos” em desenho e construção, segundo Luo Guqiang, responsável adjunta da missão.

O primeiro módulo da estação espacial, chamado “Tianhe 1” (rio celestial), terá um peso de 20 toneladas e um braço robot articulado, pelo que precisa de um foguete propulsor mais potente capaz de por em órbita cargas até 25 toneladas.