O robô Berenson, desenvolvido em França, foi assim chamado em homenagem ao especialista em arte norte-americano Bernard Berenson. A ideia surgiu do antropólogo Denis Vidal e do engenheiro de robótica Philippe Gaussier.

O robô está programado para gravar as reações dos visitantes do museu a determinadas peças e, em seguida, usa os dados para desenvolver o seu próprio gosto. Isto permite a Berenson gostar ou não de uma determinada obra de arte dentro de uma exposição.

"Quando ele gosta de alguma coisa, vai nessa direção e sorri. Quando não gosta, vai-se embora e franze a testa. Basicamente, a ideia é ter um robô que com desta forma se adapta ao ambiente com base num gosto artificial, e o objetivo é desenvolver um robô que seja o equivalente à exploração estética do mundo e ver se graças a isso ele consegue adaptar-se mais facilmente ao mundo que o rodeia", disse Vidal disse à Reuters.

Vidal explicou também que o robô vai acabar por desenvolver o seu próprio gosto a partir do gosto de quem o rodeia, e que esse vai diferente do de qualquer outra pessoa - ou de qualquer outro robô semelhante.

Berenson vê através de uma câmara colocada no olho direito, que regista imagens a preto e branco num computador instalado na sala. O complexo sistema de conexões que permite ao robô fazer estes juízos de valor é representado no computador por uma rede multicolorida, que funciona de forma semelhante aos neurónios no cérebro humano.

Além das suas interações com obras de arte, Berenson também interage com os visitantes do museu, muitos dos quais são imediatamente atraídos pela aparência cavalheiresca do robô.

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