O grupo americano atualizou na sexta-feira as suas regras de utilização, que agora proíbem os utilizadores sem licenciamento de utilizar o Facebook para propor a venda de armas ou negociar transações entre indivíduos. "Nos últimos dois anos, cada vez mais pessoas passaram a utilizar o Facebook para encontrar produtos e para comprar e vender coisas uns aos outros", explicou Monika Bickert, chefe do setor de políticas de produtos do Facebook, num e-mail à AFP. "Atualizamos as nossas regras para produtos regulamentados de forma a refletir esta evolução", acrescenta ela.

As novas regras não afetarão os comerciantes licenciados para vender armas, que continuarão a mostrar o seu catálogo na rede, que conta com 1,59 mil milhões de membros. O Facebook tem regras semelhantes para outros produtos cuja venda é regulamentada, como medicamentos que requerem receita médica, ou para drogas ilegais.

Em 2014, o Facebook e o Instagram já tinham restringido as publicações sobre a compra e venda de armas apenas aos utilizadores com mais de 18 anos. No entanto, a rede social tem sofrido forte pressão política nos Estados Unidos para impedir as pessoas de contornar as leis que regulamentam a venda de armas ou para a verificação de antecedentes criminais dos compradores.

Os movimentos que defendem um maior controlo da venda de armas de fogo aplaudiram o anúncio. "Um grande sinal positivo para o Facebook por este passo importante!", declarou em comunicado Dan Gross, presidente da campanha Brady contra a violência com armas de fogo, cujo nome foi escolhido em homenagem a um ex-porta-voz da Casa Branca que se tornou militante da causa. Segundo ele, a alteração feita pelo Facebook "vai ajudar a evitar que armas de fogo cheguem às mãos de pessoas perigosas".

Um outro movimento, Moms Demand Action, também elogiou a mudança, fruto, de acordo com o grupo, de dois anos de pressão concentrada na rede. Estes avanços conduzem "a novas políticas para reduzir a exposição das crianças às armas de fogo e esclarecer as leis estaduais em torno da venda e compra de armas online", declarou a fundadora do movimento, Shannon Watts. Outra organização disse ter feito uma investigação secreta que mostrou que um grande número de criminosos procuravam e obtinham na internet armas ilegalmente. Barack Obama ressaltou no início de janeiro a "urgência absoluta" de agir sobre a questão das armas de fogo nos Estados Unidos, revelando uma série de medidas para melhorar a monitorização e o controlo da sua venda.

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