A extensão do protocolo vigente, que termina no final do ano, para o período de 2018 a 2030 foi hoje assinada pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, em Genebra, na Suíça, no âmbito das comemorações dos 25 anos do LHC, o maior acelerador de partículas do mundo.

“Quer ao nível da formação de engenheiros, quer ao nível do desenvolvimento industrial e subcontratação empresarial, quer ao nível científico o acordo estende o contrato até 2030 nos termos que hoje são uma rotina para Portugal, bem aceite, bem consagrada e hoje estendida a um leque muito variado de instituições”, disse à Lusa o ministro Manuel Heitor, que defendeu que o protocolo “tem sido muito benéfico para a atividade industrial em Portugal”.

De tal forma que o retorno é já 1,6 vezes superior ao investimento, ou seja, por cada euro investido Portugal recebe de volta 1,60 cêntimos, e que se traduz sobretudo em contratos de empresas fornecedoras do CERN.

O investimento, que varia consoante o PIB de cada país, tem oscilado entre os 15 e os 20 milhões de euros anuais, no caso português, disse Manuel Heitor.

Mais de 200 engenheiros já integraram programas de formação no CERN e existem hoje muitas empresas tecnológicas subcontratadas por este organismo europeu enquanto fornecedoras em áreas de construção, engenharia, robótica, entre outras, referiu o ministro, que destacou ainda a cooperação crescente ao nível da física de partículas, a qual será a nova área de cooperação na renovação do protocolo.

Esta nova área de cooperação, e o seu potencial de aplicação a tratamentos oncológicos - havendo já indicações de grande eficiência na cura do cancro em tratamentos que aplicam física de alta energia em substituição da quimioterapia – deverão traduzir-se na instalação de uma clínica oncológica até 2021, algo que está em estudo por um grupo de trabalho.

A meta é tratar anualmente cerca de 700 doentes oncológicos.