O dia e a localização do 'stand' são atribuídos aleatoriamente pela organização.

João Duarte, da Seqr Payments, afirma que “o investimento é relativamente acessível”. “Estamos a falar de um investimento que não chega aos mil euros e é bastante interessante ao nível do retorno que se espera”.

A Seqr, pela segunda vez na Web Summit, é uma carteira eletrónica que permite fazer pagamentos através do QR code das lojas (físicas e ‘online’), por meio de uma aplicação móvel. “O utilizador, que tem uma conta de débito direto, pode fazer qualquer compra e vamos buscar o valor à conta no dia seguinte”, explica João Duarte, acrescentando que a aplicação tem o objetivo de permitir fazer pagamentos também em bombas de gasolina, parques de estacionamento e máquinas de ‘vending’.

Uma das formas de estar na WebSummit é participar no programa Alpha, aberto a ‘startups’ de todo o mundo, que estejam ainda numa fase do negócio ainda sem vendas.

“Candidatamo-nos ao programa Alpha, do qual nos falaram num acelerador de ‘startups’ a que fomos. Tivemos de explicar o que fazia a nossa empresa, se tínhamos protótipo ou não, e fomos aceites para a parte de MedTech da Web Summit”, disse à Lusa Nuno Rodrigues, co-fundador da MagCyte.

"Através do Programa, a ‘startup’ consegue entrar pelo preço de um bilhete, ter acesso a três entradas, ter um ‘stand’ num dos dias e o acesso a um ou outro ‘workshop’. O bilhete custa cerca de mil euros já com IVA", adiantou o responsável.

A MagCyte, que surgiu de investigação no INESC (Instituto de Engenharia e Sistemas e Computadores), ligado ao Instituto Superior Técnico, está a desenvolver um dispositivo para detetar cancros, começando pelo cancro do pulmão, que é o mais letal.

Este sistema “consegue detetar até quatro anos antes de o cancro ser diagnosticado com as técnicas de imagiologia comuns, os TAC’s e os Raios X”, explicou Nuno Rodrigues.

Logo na fase de candidatura à presença na Web Summit, muitas são as empresas que veem o sonho anulado, ou simplesmente adiado. Miguel Quintas, diretor-geral da Parcela Já afirma que “muitas empresas fazem a sua candidatura para poderem participar, mas infelizmente apenas 3% das que concorrem conseguem estar presentes”.

“A partir do momento em que a empresa é aceite, tem de pagar um custo de 650 euros, que na realidade não é nada para o retorno do investimento que está associado. Temos a possibilidade de estar aqui presentes, com três pessoas, e o acesso a um mercado mundial de investidores, compradores e clientes", disse.

Também há quem consiga estar na Web Summit por metade do valor. É o caso da Neargrow que foi "comparticipada" pela StartuP Portugal, como explicou Rui Cainé, fundador e CEO da empresa, à Lusa. “Fomos selecionados pelos serviços que prestamos às empresas que querem ter atividade em Portugal e pagámos só metade do bilhete, ou seja, cerca de 520 euros”, disse o responsável. Por este valor, a empresa teve direito a três entradas e um dia num ‘stand’.

A Neargrow nasceu há um ano, tem sede em Aveiro, e presta serviços às empresas estrangeiras interessadas em terem presença em Portugal, através de apoio burocrático e desenvolvimento de ‘software’.

A conferência de tecnologia e empreendedorismo Web Summit termina hoje, no Altice Arena (antigo Meo Arena) e na Feira Internacional de Lisboa (FIL), em Lisboa.

Segundo a organização, nesta segunda edição do evento em Portugal, participam 59.115 pessoas de 170 países, entre os quais mais de 1.200 oradores, duas mil 'startups', 1.400 investidores e 2.500 jornalistas.