O YouTube revelou ao mundo esta terça-feira o renovado YouTube Space London. Um espaço de criação de vídeo que visa aproximar a empresa dos produtores de conteúdo. Escreve o site Digiday que se trata da mais recente "arma" da marca na luta por talentos.

Com mais de mil milhões de utilizadores, a plataforma pretende estimular e acolher os mais audazes e criativos produtores do mundo digital. Para isso, não poupou custos e remodelou o centro de produção londrino, inaugurado inicialmente há 5 anos, para fazer frente às novas plataformas de vídeo que surgem noutras redes sociais, e que têm roubado mercado ao YouTube. No mundo, existem nove centros deste género.

“Inimaginavelmente caro”, foi assim que o diretor europeu do YouTube, Ben McOwen Wilson, caracterizou o investimento realizado neste centro. “É um grande sinal para os talentos, que nós os adoramos, e que queremos continuar a construir relações dentro da nossa plataforma”, acrescentou.

A concorrência das redes sociais coloca novos desafios ao YouTube. Em agosto, a Bloomberg avançou que a nova plataforma de vídeo do Twitter, a Amplify, oferece aos utilizadores 70% dos ganhos. Serviços como o Facebook Live, o Snapchat e outros, apresentam feeds de vídeo próprios que mudaram o paradigma e os modos de consumo. Para fazer face a esta situação, o YouTube decidiu responder oferecendo condições excepcionais para que os criadores de conteúdo não migrem para outras plataformas.

Alex Brinnard, conhecido youtuber do Reino Unido, disse ao Digiday que “no YouTube, talvez 15% a 20% dos meus subscritores vai lá ver um vídeo”. Em contraste, “com apenas 4.000 likes no Facebook, 50% dos meus fãs vão vê-lo."

Mesmo conseguindo um rácio de visualizações maior no Facebook, o YouTube continua a ser a principal plataforma para os criadores de conteúdo de vídeo. Na opinião de Brinnard, o Facebook tem tudo para se expandir também para o vídeo, mas, de momento, a comunidade do YouTube faz com que a rede social funcione apenas como ferramenta para alargar a sua audiência.

"O alcance é muito maior, mas eles têm um longo caminho pela frente para criar uma comunidade", justifica.

Além de abrir centros de produção, o YouTube está disponível para comprar filmes e séries criados por produtores de conteúdos da sua plataforma para alimentar o serviço de subscrição YouTube Red.