Além de se estrear, na próxima quinta-feira, em oito salas portuguesas de cinema, o filme distinguido pela crítica, na Quinzena dos Realizadores do festival de Cannes, vai ter estreia comercial em salas comerciais de França, Espanha, Reino Unido, Sérvia, Croácia, Bósnia, Kosovo, Suíça, Brasil, Argentina e China, "entre muitos outros, ainda em negociação com o distribuidor internacional", a Memento Film International, de acordo com a produtora portuguesa.

"A Fábrica de Nada" tem ainda confirmada "exibição em mais de 50 festivais até ao final do ano de 2017, como por exemplo em Londres, Rio de Janeiro, Busan, Viena, Sevilha, Argentina, México, Chile ou República Checa".

Estreado no Festival de Cannes, no passado mês de maio, o filme entra no circuito comercial na próxima quinta-feira, com a exibição regular em oito salas de Lisboa, Porto, Coimbra, Leiria e Setúbal.

Em Cannes, “A Fábrica de Nada” venceu o Prémio Fipresci, da Federação Internacional de Críticos de Cinema, a que se seguiu o prémio CineVision, em junho, em Munique, para melhor novo filme.

"A Fábrica de Nada", com três horas de duração, é interpretado por atores e não atores e segue a vida de um grupo de operários que tentam segurar os postos de trabalho, através de uma solução de autogestão coletiva, e evitar, assim, o encerramento de uma fábrica.

Pedro Pinho assina a realização, mas o filme de ficção foi construído em conjunto com Luísa Homem, Leonor Noivo e Tiago Hespanha, a partir de uma ideia de Jorge Silva Melo e da peça de teatro "A Fábrica de Nada", de Judith Herzberg.

No festival de Munique, o júri considerou o filme “um drama comovente, um musical peculiar, um documentário preciso, um ensaio desafiador – compre quatro por um com este excelente filme em tempos de turbo capitalismo”.

Em Cannes, o filme de Pedro Pinho foi considerado também o melhor de todas as secções do festival, de acordo com a soma final dos críticos presentes no evento, sendo só superado pela série televisiva "Twin Peaks", de David Lynch.

Na história da Quinzena dos Realizadores de Cannes, Pedro Pinho foi o segundo cineasta português a receber o prémio da crítica, depois de Manoel de Oliveira, em 1997, com "Viagem ao Princípio do Mundo".

Em Cannes, o diretor artístico da Quinzena dos Realizadores, Edouard Waintrop, destacou "A Fábrica de Nada" pelo "uso de uma variedade incrível de géneros cinematográficos: é praticamente um 'thriller' no início, tornando-se íntimo, político, social, fazendo um breve desvio para a comédia musical."

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