Editado pela Alfaguara, o livro trata da história de uma família no limiar de uma crise, questionando o lugar de pertença de cada pessoa no seu espaço familiar.

Partindo da frase que Abraão disse quando Deus o mandou sacrificar Isaac, “Aqui estou”, este romance faz uma ligação entre esse episódio bíblico e as questões que levanta: “Como é possível Abraão proteger o filho e, ao mesmo tempo, aceder às ordens de Deus?”.

Do mesmo modo, “como podemos nós, no mundo de hoje, cumprir os deveres por vezes irreconciliáveis de sermos pais, maridos, filhos, mães, mulheres e permanecer fiéis a nós próprios?”.

Estas são as questões centrais em torno da história de uma família no limiar de uma crise, refere a editora.

A família é a de Jacob Bloch, um escritor, descendente de sobreviventes do Holocausto, que vive em Washington com a mulher e três filhos, e cuja carreira começa a ser questionada, fruto do fracasso de venda dos seus livros, não obstante as críticas elogiosas.

Mas há algo mais fundamental em causa, que é o seu casamento e o seu conceito de “casa”, com o drama do divórcio iminente a desenrolar-se e a alimentar uma crise crónica de identidade.

Simultaneamente, um grande terramoto destrói Israel, agravando não só uma situação política delicada, como também, o problema de Jacob e da família, levantando as dúvidas de “qual o lugar a que pertencemos, exatamente”, e “como podemos regressar a uma casa em escombros”.

Segundo a editora, nesta obra, Safran Foer “mergulha o leitor numa reflexão sobre amor, vida, morte, intimidade, família e tradição, a um tempo violenta e absolutamente universal”.

O livro é descrito como “brilhante, feroz, comovente e hilariante”, tendo sido classificado pela crítica como “o melhor e mais caustico romance” de autor, impossível de ler sem que o leitor reexamine a sua própria família e o lugar que ocupa nela.

“Aqui estou”, lançado nos Estados Unidos em 2016, é o quarto livro de Safran Foer e marca o regresso do escritor ao romance, 11 anos depois de ter escrito o aclamado “Extremamente alto e incrivelmente perto” (2005), editado em Portugal pela Bertrand em 2012, o mesmo ano em que foi adaptado ao cinema, por Stephen Daldry.

Neste intervalo de tempo, de mais de uma década, o escritor teve dois filhos, divorciou-se da mulher e escreveu um ensaio, “Eating animals” (2009), publicado em Portugal pela Bertrand um ano depois, com o título “Comer animais”.

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