O anúncio foi feito esta terça-feira durante um jantar na Escola de Hotelaria e Turismo de Viana do Castelo, no Castelo de Santiago da Barra que tem apostado na melhoria contínua do nível de formação na área da hotelaria e restauração.

Eram três pratos na disputa para representar a região. Além do sarrabulho, cabrito assado e bacalhau à Gil Eanes estavam no concurso em diversos restaurantes. No jantar, o Chef António Vieira, embaixador do Festival, apresentou uma reinterpretação dos três pratos a concurso, numa experiência gastronómica única, partilhada não só pelos vencedores, como por todos os convidados, e O MINHO estava lá.

“Há um trabalho de fundo, de pesquisa do prato, da origem, comparação de receitas que aparecem em livros e internet, tentamos chegar à receita original. Depois há um trabalho de transformar um bocadinho o prato de forma a não alterar o sabor e manter todas as características do prato”, disse o chef ao O MINHO.

“Eu sou do Porto, adoro a gastronomia do Norte, toda ela. A gastronomia nacional é muito rica. Tentamos dar alguma melhoria na apresentação, a gastronomia aqui é servida muito em bruto, mas temos que ter cuidado para não estragar a receita. Temos carnes confeccionadas com osso, mas não faz sentido tirar o osso, pois vai dar sabor, com os peixes é igual”.

No final do jantar foram apresentados os restaurantes vencedores selecionados pelo público e pelo Chef António Vieira. Os eleitos foram os restaurantes Foz do Cávado, com o bacalhau à Gil Eanes; Teresa, com o cabrito assado e Casa do Provedor, com o arroz de sarrabulho.

No jantar, foi exatamente o sarrabulho que trouxe um desafio maior ao chef em buscar uma reinterpretação. O que até justifica ser o prato escolhido para levar a identidade do Alto Minho ao festival.

“Neste desafio, a minha parte é conseguir dar uma roupagem nova, criar uma apresentação diferente. O sarrabulho com rojões é muito complicado de fazer uma apresentação, tanto que não foi possível, simplesmente mudamos um pouquinho a louça. Foi o que teve mais dificuldades“, explicou.

Na edição deste ano, a rota gastronómica do Festival percorre, de junho a novembro, 12 regiões do país, envolvendo mais de 2.500 restaurantes que apresentam, ao longo das etapas regionais do festival, as suas versões de algumas das mais características receitas da gastronomia portuguesa.

Este mês de novembro realiza-se a grande final no Porto, onde será possível degustar cada uma destas receitas tradicionais da gastronomia portuguesa. À semelhança das edições anteriores, o Festival Adoramos a nossa Gastronomia com Coca-Cola conta com o apoio da AHRESP e procura promover a cozinha regional portuguesa, convidar os portugueses a saborear pratos típicos e contribuir para a dinamização da restauração, das cidades, do turismo e da cultura gastronómica do país.