Num artigo divulgado na publicação científica Environmental Science & Technology, investigadores da Suíça, Suécia e Estados Unidos apelam à "regulação de toda a categoria de químicos com alto teor de flúor".

Isto inclui os revestimentos antiaderente e anti mancha nas mobílias, tapetes, material de campismo, roupa, cosméticos, utensílios de cozinha e embalagem, feitos com materiais que foram ligados ao aparecimento de cancro dos rins e dos testículos, infertilidade, problemas de tiroide e alterações hormonais.

Os cientistas frisam que se trata de químicos que não se decompõem e contaminam o ambiente durante milhares de anos e censuram as instituições de regulação por não alargarem as restrições.

O professor da universidade sueca de Estocolmo Ian Cousins, coautor do artigo, afirmou que "a menos que se alargue o espectro [dos reguladores], as gerações futuras estarão cada vez mais expostas a água, ar e comida contaminada".

"Ser impermeável à chuva ou resistente à gordura vale arriscarmos a nossa saúde?", questionou a professora Arlene Blum, da universidade norte-americana de Berkeley.

Outra questão, indicou Tom Bruton, também de Berkeley, é que os produtos enriquecidos com flúor que foram sendo proibidos acabaram por ser substituídos por outros parecidos, demasiados para se conseguir avaliar todos.

A resposta da indústria química é que os produtos atuais são mais seguros porque não se acumulam no corpo humano, como os mais antigos, mas os cientistas contrapõem que as pessoas estão sempre em contacto com os químicos perigosos no ambiente que os rodeia.

Marcas mundiais de mobiliário e roupa estão a acabar com os químicos enriquecidos com flúor nos seus produtos, reconhecendo que não é essencial usá-los.

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