Para os americanos, o 4 de julho, dia maior que marca a independência do país face ao Reino Unido, não é apenas um feriado. É o pináculo de uma cultura, de um patriotismo, recheado com churrascos, fogo-de-artifício, estrelas e riscas.

Na senda dos grandes heróis americanos, Joey Chestnut, um californiano de 33 anos e 104 quilos, bateu neste dia 4 de julho o próprio recorde, que marcara em 2016. Se no ano passado o americano conseguiu comer 70 cachorros quentes em dez minutos, na edição desta terça-feira houve tempo para comer mais dois.

É a décima vez que Joey conquista o título do concurso de cachorros quentes de Coney Island, que se realiza no parque de Brooklyn, em Nova Iorque, o que o coloca, diz a ESPN, canal americano dedicado aos desportos, “entre os grandes”.

A prova é exigente. E apesar de haver milhares de espetadores, as cenas não são recomendáveis para quem tem estômago sensível: para facilitar a mastigação de tantos pães com salsichas, os 18 finalistas molham o pão em água e apertam os cachorros quentes com os dedos até engolir a última migalha, levantando a cabeça para ajudar a passagem do alimento - ou para pedir ajuda superior.

Suado, Joey Chestnut, cujo recorde pessoal - e mundial - está nos 73 cachorros e meio (numa prova de qualificação), disse aos jornalistas, já depois da prova, que é “apenas um homem que gosta de comer”.

Para conseguir comer tantos cachorros em tão pouco tempo, Joey faz jejum durante 48 horas: “vou comendo cada vez menos e certifico-me de que estou vazio no dia anterior”, disse na semana passada a um canal de televisão norte-americano.

Depois da competição, tem sede. Muita sede: “é muito sódio. Bebo água durante esse dia, durante essa noite. Preciso de água de manhã - ou quando acordo mais tarde - preciso de lácteos”, explica o atleta.

Para o organizador da competição de Brooklyn, Joey Chestnut é “o herói americano” por excelência, “uma encarnação da liberdade e do ideal americano”, disse George Shea aos jornalistas.