A terceira edição do festival, que vai decorrer até domingo, no Cinema São Jorge, abre com o filme “Labirinto”, dirigido há 30 anos pelo criador de Os Marretas, Jim Henson, em que David Bowie assume o papel do temido Rei Goblin.

A sessão é precedida pelos documentários “Capitão Fausto: Pontas Soltas”, de Ricardo Oliveira, que se apresenta no âmbito da competição nacional, e “Hey Mr. Bass Player”, de Naysan Baghai, centrado numa sessão do baixista de origem norte-americana Leon Gaer.

De acordo com os organizadores, o programa desta edição do MUVI contará, ainda, na secção competitiva, com filmes portugueses como “The Parkinsons: A long way to nowhere”, de Caroline Richards, sobre os músicos de Coimbra que fundaram a banda, no Reino Unido, e “Filho da mãe: Rendufe”, de Miguel Filgueiras, sobre o álbum “Mergulho”, de Rui Carvalho, gravado no mosteiro de Rendufe.

“Enterrado na Loucura – Punk em Portugal 82-88″, de Hugo Conim e Miguel Newton, no seguimento de “A um passo da Loucura” (2015), dedicado à segunda vaga de bandas de inspiração ‘punk’, “Benjamim: Autorádio”, de Gonçalo Pôla, sobre percursos da música, pelo país, e “NYC 1991″, de Paulo Abreu, com imagens das ruas de Nova Iorque, filmadas em Super 8, em 1991, editadas 25 anos depois, ao som de Lee Ranaldo, são outras novas produções portuguesas selecionadas para o MUVI.

A estas juntam-se ainda “Hired Gun”, de Fran Strine, documentário sobre os músicos quase anónimos, que acompanham e garantem “o som” dos mais conhecidos, “I Am The Blues”, de Daniel Cross, filmado no Mississippi, “Melody of Noise”, de Gitta Gsell, sobre “novos e inexplorados sons nunca ouvidos”, e “Filhos de Bach”, de Ansgar Ahlers, que envolve um professor alemão e crianças brasileiras de um centro de detenção, em torno de uma partitura de um dos filhos de Bach.

Além da homenagem a David Bowie, no dia de abertura, o festival recordará igualmente outras duas pessoas mortas este ano: Lemmy Kilmister, dos Motorhead, com o documentário “Lemmy”, de Wes Orshoski e Greg Olliver, a exibir no último dia, e Pedro Cláudio, o fotógrafo e realizador português, distinguido por vários vídeos de música, que será homenageado na quarta-feira, dia 30.

O festival vai assinalar ainda os 35 anos do aparecimento dos Heróis do Mar, com a exibição integral dos seus vídeos musicais, seguida de um debate.

“Lusofonia, a (r)evolução – dez anos”, documentário sobre a música no espaço lusófono, de Artur Soares da Silva e João Xavier, o filme-concerto “Noiserv: Everything Should Be Perfect Even If No One’s There”, gravado no Teatro Diogo Bernardes, em Ponte de Lima, em 2014, são outras propostas desta edição do MUVI.

Na programação encontram-se ainda “Absolute Beauty”, de Paul Moon, sobre o compositor norte-americano Samuel Barber, autor de “Adágio para cordas”, “Armaze´m do Limoeiro”, de Fa´bio Bardella e Filipe Augusto, filme dedicado ao “património material e imaterial do caipira”, no interior paulista, e “I shot Bi Kidude”, documentário de Andy Jones, sobre a cantora mais velha do mundo, a tanzaniana Bi Kidude – “conversadora nata, fumadora compulsiva, ‘rocker’ rebelde e provavelmente a cantora mais idosa em palco” -, a partir do caso do seu sequestro aos 102 anos.

A programação do MUVI vai além da cerimónia de encerramento, no domingo, com a exibição dos filmes vencedores na segunda-feira, 05 de dezembro, e com a festa de fecho no Metropolis Club, na terça, dia 06.

Nas duas primeiras edições, o MUVI, que se dedica em exclusivo a filmes sobre música, somou mais de cinco mil espetadores.

À venda na Ticketline e nos postos de  venda parceiros, os bilhetes de cinema têm o valor de 4 euros (preço normal) e 3,5 euros (com desconto -25/+65) e os bilhetes de filme mais concerto variam entre os 4,5 e os 9 euros. Está ainda à venda um pack livre trânsito Muv´16 a 50 euros (preço normal) e 50 euros com desconto (-25/+65).

A programação completa do evento pode ser consultada aqui.