"Isto não é no futuro, está a acontecer agora e tem estado a acontecer há décadas", afirmou o principal autor de ambos os documentos, o especialista em glaciares Jonathan Kingslake, comentando a primeira avaliação dos rios de água proveniente do gelo derretido de todo o continente antártico.

Usando imagens recolhidas desde 1946, os investigadores perceberam que existiam quase 700 sistemas de lagos, canais e capilares, alguns dos quais correm por mais de 100 quilómetros e enchem lagos com vários quilómetros de largura.

"Creio que a maior parte dos cientistas polares achava que água a correr na Antártida era rara, mas encontrámo-la em áreas muito grandes", afirmou Kingslake.

Os cientistas vão agora tentar perceber que impacto estes rios vêm a ter no gelo antártico mais afastado do pólo, uma vez que podem acelerar o desprendimento de grandes massas de gelo.

Na Península Antártica, que se situa a norte do manto de gelo principal, e onde as temperaturas subiram 13 graus centígrados nos últimos 50 anos, assistiu-se à queda no mar de grandes partes da placa de gelo no espaço de dias, em 1995 e 2002.

Os investigadores colocam a hipótese de a água corrente ter contribuído para esse processo e pensam que pode acontecer o mesmo com muito mais frequência no próximo século.

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