Adicionando a comissão e os impostos que a casa de leilões irá receber, o montante total que o comprador anónimo vai pagar chega a 50,54 milhões de euros, número que faz deste diamante de 14,62 quilates, o diamante talhado mais caro do mundo, segundo um porta-voz de Christie's.

Trata-se da peça mais cara colocada em leilão nesta semana em Genebra, pelas tradicionais vendas de joias finas de maio organizadas pela Sotheby's e pela Christie's. É classificado na categoria "Fancy vivid Blue", a cor mais rara para os diamantes azuis.

O recorde anterior pertencia ao "Blue Moon of Josephine", de 12,03 quilates, que foi comprado por 43 milhões de euros por um magnata de Hong-Kong, Joseph Lau, em novembro de 2015 na mesma cidade suíça.

O "Oppenheimer Blue" forma parte da coleção do famoso diamantista londrino Sir Philip Oppenheimer (1911-1995), que controlava o mercado mundial do diamante através da empresa De Beers. O diamante, que passou por diversas mãos após a morte de Sir Philip, é colocado em leilão pela primeira vez.

A venda da Christie's, que organiza duas vezes por ano leilões de joias finas de prestígio em Genebra, ocorre um dia após a da Sotheby's, a sua grande concorrente. Na terça-feira à tarde, Sotheby's teve arrematado o diamante rosa brilhante lapidado em forma de pêra jamais posto em leilões por 27,99 milhões de euros, gastos incluídos, um recorde para este tipo de pedra. "É um novo recorde (...) o preço mais alto jamais pago por um diamante rosa brilhante", segundo o responsável da divisão e avaliador, David Bennett, afirmando que o comprador foi um aficionado asiático.

A pedra, que leva o nome de "Unique Pink", foi identificada como "Fancy vivid pink" pelo Instituto Gemológico da América (GIA), a cor mais cobiçada para o diamante rosa. Em entrevista à AFP, Ehud Laniado, presidente da empresa Cora International, declarou estar "muito satisfeito com preço obtido".