Para completar uma caderneta de cromos da Panini são normalmente necessários mais de 500 cromos. O mito urbano diz que alguns dos famosos cartões são distribuídos em menos quantidade, com o objetivo de fazer com que os compradores - miúdos e graúdos - gastem mais dinheiro até encontrarem jogadores mais procurados, que parecem ser cromos mais difíceis de obter.

Ao El País, a Panini assegura que "todos os cromos são impressos na mesma quantidade. Não há falcatruas". Contudo, os envelopes são aleatórios, o que significa que num local pode sair mais vezes determinado jogador do que num outro. "Não escondemos nenhum cromo, nem Messi, nem Cristiano, nem qualquer outro jogador", dizem.

Há, porém, algumas coisas a ter em conta. Certos cromos, como o de Dembéle, jogador do Barcelona, vão deixar de sair na quarta edição da caderneta e, por isso, tornam-se mais raros. Outros, como o de Neymar - que saiu agora da Liga Espanhola - são impressos em menor quantidade, devido à questão das transferências. Mas não deixam de existir

Desfazer o mito com um estudo matemático

Em 2010, matemáticos da Universidade de Genebra comprovaram a existência de um mito em redor dos cromos de futebol. De carteiras na mão, adquiriram 12 caixas de 100 pacotes de cinco cromos, somando um total de 6.000 cromos de uma coleção com um total de 660 jogadores. Feitas as contas, cada cromo devia sair, em média, 9,09 vezes.

Contudo, há um fator a considerar: quantos mais cromos temos, mais difícil é sair algum dos que nos falta. E é nestes casos que surgem as teorias da conspiração e os mitos urbanos. Se nos falta algum jogador famoso, certamente é culpa da Panini.

Para evitar estas situação, já são disponibilizados online até um máximo de 40 cromos que podem ser comprados para completar as coleções. Afinal, o 'Senhor Panini' não é assim tão cruel e há esperança para os colecionadores.