Em comunicado enviado à agência Lusa, o júri, que foi constituído por Liberto Cruz, Ramiro Teixeira e Paula Cristina Costa, refere que "Os ensaios coligidos em 'Margens', de Maria João Reynaud, situam o comentário crítico num dos patamares mais elevados da crítica literária portuguesa atual".

"Centrando-se sobretudo no estudo de obras específicas de autores portugueses (poetas, ficcionistas e ensaístas), Maria João Reynaud abre perspetivas muito ricas acerca das condições de existência da cultura portuguesa na modernidade", afirma o júri.

Segundo a autora, citada pelas Edições Afrontamento, que chancelam a obra, “os ensaios coligidos no presente volume tiveram quase sempre como ponto de partida notas marginais que pontuaram, com grande liberdade, percursos de leitura e linhas de reflexão que incidem sobre alguns dos autores que marcaram" a docência universitária da autora "e cujas obras revelam, por diversos modos, a incessante novidade da literatura e a sua força inexaurível”.

“Na sua indefinida extensão, as margens de um livro são o lugar de nascimento do trabalho intelectual que preside ao exercício da crítica e à escrita ensaística”, conclui a editora.

Maria João Reynaud é professora jubilada da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e autora de uma extensa obra ensaística. Doutorada em Literatura Portuguesa com uma dissertação sobre as três versões de "Húmus", de Raul Brandão, lecionou Literatura Portuguesa dos séculos XIX e XX, e orienta seminários de Poesia Portuguesa Contemporânea.

Nas áreas do ensaio e da crítica tem publicado estudos e artigos sobre narrativa, poesia e teatro em revistas nacionais e estrangeiras, e dirige a edição de "Obras de Jacinto do Prado Coelho".

Reynaud é autora, entre outros títulos, na área de ensaio, de "Metamorfoses da Escrita" (2000), que lhe valeu o Prémio P.E.N. Clube de Ensaio, "Húmus", de Raul Brandão, edição crítica em três volumes, (2000), "Fernando Echevarría - Enigma e transparência" (2001) e ainda de "Ana e o Arco-Íris" (1985), na área de literatura infantil, e o livro de poesia "Luz de Intimidade" (2004).

O Prémio Jacinto do Prado Coelho, no valor pecuniário de 4.000 euros, é apoiado pela Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, e será entregue “em data a anunciar”, segundo a Associação Portuguesa dos Críticos Literários.

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