O arranque é no sábado, com a inauguração de duas exposições, mas ao longo de um mês há também conferências e seis paredes da cidade que vão ganhar o estatuto de obra de arte, com intervenções pensadas e produzidas ao vivo.

"Além de Leiria ficar mais bonita, espero que nos deixe mais inquietos", afirma à agência Lusa Catarina Dias, da associação Riscas Vadias, que organiza o evento com Ricardo Romero, numa parceria com a Câmara de Leiria.

A poucos dias do início do evento, é grande a expectativa da organização e da cidade: "É tudo um bocadinho novo e está a ser um pouco complicado. Mas estamos desertos que aconteça. Será uma novidade por cá, sobretudo nestes moldes".

Também do lado dos artistas convidados há "muita ansiedade". "Acham a cidade muito bonita e interessa-lhes este contacto humano. Não querem só estar diante da parede. Um deles quis mesmo estar mais tempo na cidade para poder gozar Leiria. Isso deixa-nos muito felizes", sublinha a organizadora.

Dar tempo aos artistas é uma das preocupações de Paredes com História - Arte Pública, porque os artistas vão deixar uma parte importante deles" e, por isso, "tem de haver esta reciprocidade de entrega".

Essa é uma das diferenças principais entre esta proposta de arte urbana para Leiria e outros eventos que se organizam noutros locais em Portugal, nota Catarina Dias.

"Não quisemos fazer três, quatro dias ou uma semana, como normalmente. Quisemos estender o evento por um mês para dar tempo. Foi tudo preparado com muito cuidado e carinho. Esta é uma arte que nos é muito querida e queremos tratá-la com o máximo respeito. E aos artista também, tentando que as coisas decorram da melhor forma".

A par de Lonac, PichiAvo e Bordalo II, também participam nesta edição de estreia Daniel Eime, Robô, Smile1art, ±MAISMENOS±, Mister Fields, Nuno Viegas (Metis), Vasco Teixeira Rodrigues, coletivo 565 e Ricardo Romero (Projeto Matilha), que é o curador do evento.

Ao todo, estão previstas seis intervenções em paredes públicas e privadas - locais que a organização vai divulgar ao longo das próximas semanas -, seis exposições e dois dias de conferências, organizadas em conjunto com a Escola Superior de Educação e Ciências Sociais.

"Vai ficar uma Leiria bem mais rica depois das intervenções e pela troca de saberes e experiências nas conferências", realça Catarina Dias, que aponta o objetivo principal de Paredes com História - Arte Pública.

"Queremos semear interesse, divulgar a arte pública e urbana que se faz, mas também estimular os criativos locais. E queremos que nos deixe a pensar em algumas coisas e a refletir sobre várias questões", além de "deixar vontade de fazer mais e melhor".

"Se quando, chegarmos ao fim, isto acontecer e tiver ficado vontade para fazer mais, a missão foi cumprida", conclui a organizadora.

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