Segundo o The Guardian, um dos momentos mais mortíferos do ano acontece durante o festival de Songkran, o período em que se celebra a chegada do ano novo no país, quando milhares de tailandeses regressam muitas vezes de mota e sem capacete para casa depois de uma festa regada a muito álcool.

Nesta altura do ano, que é apelidada de “Sete dias de perigo”, estima-se que, no espaço de uma hora, morrem mais de duas pessoas e 160 ficam feridas.

Para inverter a situação, o Governo tailandês aprovou uma medida extrema de modo a sensibilizar a população. “Os condutores que forem considerados culpados pelo tribunal serão condenados a fazer trabalho voluntário nas morgues dos hospitais”, afirmou Kriangdej Jantarawong, um responsável da polícia tailandesa, acrescentando tratar-se de uma “estratégia usada para que os infratores tenham medo de conduzir de forma irresponsável devido ao consumo de bebidas alcoólicas porque podem acabar na mesma situação. O objetivo é que se torne um impedimento, uma forma de desencorajar as pessoas” a ter comportamentos de risco.

Anurak Amornpetchsathaporn, diretor do Serviço de Saúde Pública tailandês, justificou esta medida como extrema mas necessária, uma vez que outras tomadas anteriormente não tiveram os resultados pretendidos.

“Os infratores devem ver o dano real, físico e mental”, afirmou. “Na morgue vão ter de limpar e transportar os mortos e esperamos que desta forma sintam a dor da situação e mudem o seu comportamento, para que as estradas fiquem mais seguras”, concluiu.