O que é o Super Bock Super Rock? 

Não leu ali no lead? É um dos mais antigos, e míticos, festivais de música em Portugal. Começou em 1995, ainda na Gare Marítima de Alcântara, com um cartaz onde pontificavam artistas como Jesus & Mary Chain, The Cure, Therapy?, Morphine, Faith No More e Young Gods. Desde então, serviu de palco para dezenas atrás de dezenas de concertos rock, e até mesmo fora do rock, com as eletrónicas e, mais recentemente, o hip-hop também a fazerem-se ouvir.

E isto não poderá ser considerado paradoxal: mais que um género musical, o rock n' roll tornou-se num estado de espírito – e o rapper Future, que este ano bateu recordes ao colocar não um, mas dois novos álbuns no primeiro lugar das tabelas de vendas norte-americanas (e no espaço de uma semana!), será um dos seus expoentes máximos na edição de 2017. O que não significa que as guitarras tenham sido esquecidas; estarão nas mãos de gigantes como os Red Hot Chili Peppers, ou de ícones do meio alternativo como os Deftones.

Onde fica o Parque das Nações?

Sabe aquela estação de comboio, aquela plataforma de metropolitano e aquela paragem de autocarros que diz “Oriente”? Pois, é aí. É um bocado como a Roma portuguesa: todos os caminhos vão lá dar. Aconselhamos a que vá de transportes até ao festival, tendo em conta a facilidade com que chegará até lá, mas caso opte por levar viatura própria tenha atenção ao estacionamento. O que não faltam é lugares onde deixar o carro no Parque das Nações, mas tendo em conta que este será um evento que atrairá vários milhares de pessoas, tome cuidado para não ser forçado a estacionar em Moscavide.

Apesar dessa explicação não percebo como é que Future pode ser “rock”. Há alternativas?

Sim, claro. Que tal Kevin Morby, que volta a Portugal depois de se ter apaixonado – e dedicado – um disco à cidade do Porto, ele que é um dos grandes talentos emergentes da cena independente? Ou até mesmo os Boogarins, banda brasileira que explodiu de popularidade após ter sido encarada como “os novos Mutantes”? Sem esquecer a prata da casa, na figura de Legendary Tigerman, um dos maiores rockeiros nascidos em Portugal e que irá apresentar, em primeira mão, os temas do seu próximo álbum de originais: "Misfit". Que é, convenhamos, um título assumidamente rock n' roll. Muita atenção, também, aos igualmente nacionais Black Bombaim e Stone Dead, que prometem partir tudo no último dia.

E se eu achar que o rock está morto? 

É possível que seja uma de duas coisas: ou o Marilyn Manson, ou alguém que está farto de ouvir bandas com guitarras. E não há mal nenhum nisso – cada qual gosta do que gosta. Nessa situação, fique atento ao espetáculo proporcionado por um senhor chamado Fatboy Slim, que até nasceu no rock para depois marcar os anos 90 com um estilo eletrónico ao qual se chamou big beat – e que também marcou a história dos videoclips com dois que ainda hoje perduram na memória: “Praise You”, filmado propositadamente em baixa fidelidade e em jeito de guerrilha, e “Weapon Of Choice”, que aumentou ainda mais o nosso respeito pelo lendário Christopher Walken. Para além do britânico, conte com atuações dos Octa Push, Slow J ou Sensible Soccers, todos eles fazendo dançar à sua maneira. Não gosta de dançar? Então fixe este nome: Alexander Search. É, nada mais nada menos, que o projeto do pianista Júlio Resende com “um tal” Salvador Sobral...

Como estamos a nível de bilhetes? 

Se tencionava assistir de perto ao regresso dos Red Hot Chili Peppers a terras lusas, eles que não põem cá os pés desde 2006, está com azar: tanto os bilhetes diários para o dia da sua atuação (13 de julho) como os passes gerais já se encontram esgotados. Para os demais dias, ainda existem bilhetes ao preço de 55 euros.

Já tenho bilhete – agora só me preocupo com a alimentação. 

Não se preocupe, de todo. Para além da zona própria do festival, tem mesmo ao lado o Centro Comercial Vasco da Gama, que conta com uma oferta gigantesca a nível de restauração. A alimentação estará resguardada, assim como a bebida: o festival tem o patrocínio da Super Bock, afinal de contas.

E que mais, e que mais?

Siga à risca os conselhos habituais para um festival de verão – levar protetor solar, roupa leve e um casaco para a noite, ténis confortáveis e óculos de sol. E note que, como em qualquer outro festival, não poderá transportar objetos perigosos para dentro do recinto. Sendo este um festival urbano, partimos do princípio que ficará a dormir na sua própria residência, não descurando a oferta hoteleira que existe em Lisboa e no Parque das Nações em particular. Uma parceria com a Lisboa Camping & Bungalows permitirá, também, aos portadores de bilhete adquirir pacotes especiais que permitirão a prática de acampamento, havendo transporte direto e gratuito entre o parque e o recinto.

A organização aconselha ainda o público a chegar mais cedo devido à segurança reforçada do evento. E já sabe, é proibida a entrada no recinto dos seguintes objetos: