“Há cerca de 30 mil alunos que não têm todos os professores neste momento”, anunciou hoje o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, à saída da primeira reunião negocial no Ministério da Educação, Ciência e Inovação para definir a forma de recuperar o tempo de serviço congelado aos docentes e medidas excecionais para ultrapassar a falta de docentes nas escolas.

Aos jornalistas, Mário Nogueira disse que o número hoje avançado tem por base um levantamento feito pela Fenprof na segunda-feira, tendo em conta os pedidos de professores feitos pelas escolas.

O sindicalista alertou para um eventual agravamento da situação, tendo em conta que este ano deverão reformar-se cerca de cinco mil docentes, mas só deverão chegar às escolas mil novos professores.

“Há alunos em Benavente sem aulas de Inglês desde o início do ano”, lamentou Mário Nogueira.

A falta de valorização da profissão é apontada pelos sindicatos como uma das principais razões para a falta de professores nas escolas, um problema que se regista em muitos outros países, que também se debatem com o envelhecimento da classe.