De acordo com fonte da PJ de Coimbra, para além de lhes ter sido aplicado o termo de identidade e residência como medida de coação, os dois fiscais da Câmara Municipal da Figueira da Foz foram também suspensos de funções.

Durante o primeiro interrogatório a que foram sujeitos durante a tarde de hoje, os dois funcionários públicos, que optaram por não prestar declarações, foram ainda proibidos de contactar entre eles.

“Não podem também contactar com outros dois suspeitos que entretanto foram constituídos arguidos e ainda com testemunhas já identificadas no processo”, acrescentou a mesma fonte.

A PJ deteve na terça-feira dois fiscais da Câmara Municipal da Figueira da Foz por suspeita da prática de crimes de corrupção e abuso de poder.

São suspeitos de terem pedido e aceitado vantagens indevidas para não cumprirem aquelas que seriam as suas funções, no âmbito de processos de construção, revelou a direção nacional da PJ.

O modo de atuação dos suspeitos passava, alegadamente, pela exigência de quantias monetárias na sequência de pressões no âmbito de procedimentos relacionados com projetos de obras.

A investigação, levada a cabo pela Diretoria do Centro da PJ, deu cumprimento a oito mandados de busca domiciliárias e não domiciliárias.