Os novos acessos deverão custar cerca de três milhões de euros e o projeto está, disse esta tarde à margem de uma reunião câmara Eduardo Vítor Rodrigues, "articulado" com a Infraestruturas de Portugal (IP).

"No sentido norte/sul já existe um acesso [em Grijó]. Falta no sentido contrário. Acredito que descongestionará o nó do Carvalhos e, com acesso a Pedroso, fará toda a diferença para todos aqueles camiões que circulam pela [estrada] nacional 1", disse o autarca.

O novo acesso à A1 ficará também perto das superfícies comerciais que compõem o ‘outlet' de Grijó. O desvio está previsto ser feito na Rua da Boavista.

Eduardo Vítor Rodrigues abordou este tema quando explicava à vereação o ponto 14 da ordem de trabalhos, o qual prevê uma cedência de terreno na Feiteira, em Grijó, pela família da corticeira Amorim.

Este terreno servirá para construir dói blocos residenciais para acolher as famílias que atualmente vivem na zona onde o acesso será feito, as quais são, contou o autarca, "maioritariamente de etnia cigana" e "já estão recenseadas" no levantamento feito pela autarquia.

"É uma questão com décadas. São famílias que vivem em muito más condições. A família Amorim facilitou muito o processo e olhou para esta questão com uma lógica de bem público", disse, na reunião, Eduardo Vítor Rodrigues.

Já à margem da sessão, o autarca descreveu que a construção dos blocos habitacionais será financiada no âmbito de uma candidatura ao Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), devendo custar cerca de dois milhões de euros.

No total são cerca de 55 famílias que vão viver na Feiteira, em zona "muito próxima" do local onde vivem atualmente.

O lançamento do concurso para a construção dos blocos de habitação deverá ocorrer em setembro e as famílias realojadas no próximo ano.

Quanto ao novo desvio da A1, a autarquia aguarda uma autorização da IP, mas Eduardo Vítor Rodrigues crê que o investimento "totalmente municipal" arrancará "até ao final do ano".

O acordo de cedência de terreno na Feiteira, União de Freguesias Grijó e Sermonde, foi aprovado por unanimidade.