“Queria aqui deixar hoje três palavras, que são a razão de ser da minha vinda aqui e que são ditas em nome de todos os portugueses. A primeira é de solidariedade, a solidariedade relativamente aos familiares das vítimas mortais e aos familiares das vítimas que estão a ser assistidas e que felizmente estão a ter evolução positiva no seu estado de saúde”, começou por dizer Marcelo Rebelo de Sousa.
O Presidente falava hoje no local do acidente com um autocarro que provocou 29 mortos, na quarta-feira, no Caniço, concelho de Santa Cruz, na Madeira.
Em segundo lugar, Marcelo Rebelo de Sousa, deixou uma palavra “de agradecimento a todos quantos pela forma tão rápida, tão competente, tão eficiente”, instituições e pessoas a título individual, “souberam acorrer ao que se passou”.
O Presidente português frisou que o seu homólogo alemão, Frank-Walter Steinmeier, lhe agradeceu, em nome do povo alemão, “a forma excecional como nos momentos imediatos – em menos de uma hora e depois ao longo destes dias – houve uma preocupação de acolher, apoiar, tratar, cuidar” das vítimas do acidente.
“E a terceira e última palavra, é naturalmente de determinação. Vamos olhar para o futuro, irei estar com os feridos, irei estar com aqueles que estavam também [no momento do acidente] e que não foram atingidos”, salientou Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando que alguns elementos do grupo querem permanecer na Madeira, “e não querem regressar ao seu país de imediato”.
E o Presidente deixou ainda “uma palavra ao povo madeirense em termos de determinação para o futuro”.
Questionado sobre a forma como decorre a investigação ao acidente, Marcelo Rebelo de Sousa não quis pronunciar-se.
“Há entidades que tratam disso. Não é essa a função do Presidente da República”, sustentou, adiantando que está no local “para acompanhar tudo o que se passa, mas sobretudo para prestar homenagem e testemunhar solidariedade, gratidão e determinação”.
Sobre a falta de proteção nas estradas da Madeira, o Presidente da República também não quis pronunciar-se, sublinhando que a prioridade nestes dias deve ser respeitar os sentimentos das pessoas e famílias afetadas pelo acidente.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deslocou-se hoje à Madeira na sequência do acidente com um autocarro que provocou 29 mortos, na quarta-feira.
Segundo as autoridades regionais, os 29 mortos eram turistas alemães, 11 homens e 18 mulheres. Uma das vítimas morreu no hospital central do Funchal, onde deram entrada 28 feridos, dois dos quais portugueses.
Na quinta-feira, no dia a seguir ao acidente, o chefe de Estado falou com o seu homólogo alemão, Frank-Walter Steinmeier, “que agradeceu a mensagem de condolências, bem como a rapidez e eficácia dos serviços de emergência e hospitalares na Madeira”.
Também na quinta-feira chegaram ao Funchal os ministros dos Negócios Estrangeiros português e alemão, Augusto Santos Silva e Heiko Maas, respetivamente. Heiko Maas viajou para a Madeira com uma equipa de médicos, psicólogos e funcionários consulares para “falar com os afetados e agradecer a ajuda” portuguesa.
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