A proposta de Orçamento da Região para 2020 ascende a 1,2 mil milhões de euros, dos quais 816,4 milhões se destinam a investimento.

"Trata-se de um aumento significativo do investimento público, que só é possível porque prevemos obter, no próximo ano, mais 52 milhões de euros de receitas", explicou aos jornalistas o vice-presidente do Governo Regional, Sérgio Ávila, em conferência de imprensa após a entrega dos documentos à presidente do parlamento açoriano, Ana Luís.

Segundo o governante, este aumento do investimento será canalizado para acomodar aquelas que são "as novas prioridades do Governo, como é o caso do aumento do rendimento disponível das famílias, através das progressões na carreira e da renovação da administração pública, bem como a contagem do tempo de serviço dos professores.

"Os documentos preveem ainda uma redução dos encargos com o financiamento do Serviço Regional de Saúde (SRS), no valor de 8,6 milhões de euros, e uma poupança significativa nos consumos intermédios da Administração Regional de 6,8 milhões de euros", frisou Sérgio Ávila.

O executivo socialista, liderado por Vasco Cordeiro, pretende ainda, no próximo ano, aumentar em 26,5 milhões de euros as transferências diretas para os hospitais e unidades de saúde da região, de forma a melhorar o acesso dos açorianos aos cuidados de Saúde.

Sérgio Ávila, titular da pasta das Finanças no arquipélago, lembrou que o Orçamento da Região irá assumir também a totalidade dos financiamentos bancários contraídos pelos hospitais, libertando-os desse encargo e reforçando assim o financiamento do SRS.

A par disso, o executivo socialista pretende ainda integrar nos quadros da Administração Regional os trabalhadores que estejam contratados há pelo menos dois anos e que correspondam a necessidades permanentes dos serviços.

"Na área da educação, iremos proceder à abertura, no mínimo, de mais 80 vagas, com vista à contratação para os quadros de professores, que correspondam a necessidades permanentes", realçou também o vice-presidente.

Sérgio Ávila fez questão de salientar que as contas públicas dos Açores estão "sólidas e equilibradas", uma "realidade" que tem sido confirmada pelas entidades nacionais e internacionais de supervisão das finanças públicas.

"Nos últimos três anos, a região registou um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,5% em média, valor que é superior ao registado no país, que foi de 2,2%", explicou o governante, recordando ainda que o rendimento disponível dos açorianos foi de 12.446 euros, ou seja, "mais 380 euros do que a média nacional".