“A adesão da Finlândia e da Suécia torna a NATO maior, mais europeia e mais forte”, congratulou-se a política alemã, em declarações à chegada à cimeira de Madrid.

A chefe do executivo comunitário também se mostrou satisfeita por, apesar de o Presidente russo, Vladimir Putin, “querer dividir” os membros da Aliança Atlântica ao iniciar uma guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro, ter conseguido apenas “um alinhamento mais forte entre a União Europeia e a NATO”.

“Este é um bom dia para a Aliança Atlântica, a União Europeia e a Finlândia e Suécia”, disse Von der Leyen.

A adesão da Suécia e da Finlândia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês) tornou-se possível depois de a Turquia ter levantado o veto à adesão dos dois países nórdicos, na sequência de uma reunião de várias horas, realizada na terça-feira entre os três Estados e com a presença do secretário-geral da Aliança, Jens Stoltenberg.

Como contrapartida para a mudança de posição da Turquia, os países nórdicos concordaram em permitir o envio de armas para a Turquia, assinar um acordo de extradição com Ancara e alterar as suas leis antiterroristas para tomar medidas contra o grupo curdo PKK e o movimento Fetö.

“Sob o novo acordo, pediremos à Finlândia que extradite seis membros do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão) e seis membros do Fetö e à Suécia que extradite 10 membros do Fetö e 11 do PKK”, disse hoje o ministro da Justiça turco, Bekir Bozdag.

O PKK é classificado como terrorista por Ancara, União Europeia e Estados Unidos, devido à rebelião armada curda no sudeste turco, iniciada em 1984.

A Fetö, sigla do movimento fundado pelo pregador Fethullah Gülen, exilado nos Estados Unidos, é considerada pelo Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, como instigadora de uma tentativa de golpe de Estado em julho de 2016.

A cimeira, que decorre entre hoje e quinta-feira no Parque das Exposições, em Madrid, junta 44 chefes de Estado e de Governo da Aliança Atlântica, incluindo de Portugal, o número mais alto de delegações numa cimeira da NATO.

Esta reunião tem sido designada como “chave”, “transformadora”, “crucial” ou “histórica” pelos dirigentes dos Estados-membros e da própria aliança militar, atendendo à invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro.

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