A discussão foi acalorada entre o CDS e os partidos da esquerda, a ponto de Pedro Filipe Soares, do BE, se ter dirigido ao deputado centrista como “Telmo Ventura”, para a seguir pedir “perdão” com a confusão com o parlamentar do Chega, André Ventura.

Filipe Soares acusou a direita, CDS e Chega, de fazerem “politiquice com um ato grave”, condenável, de agressão a bombeiros e advertiu que “o essencial” é punir os responsáveis e “não fazer generalizações” com um ato de violência, como o que aconteceu com a invasão do quartel de bombeiros, de que resultou dois feridos.

Minutos antes, Telmo Correia apelidou os votos das bancadas de “contra-votos”, e afirmou que a apresentação dos votos de solidariedade “é política, não é aproveitamento”.

O deputado apontou ainda ao “governo que é incompetente, que não garante meios às forças de segurança” e aos bombeiros, por exemplo, acusando os partidos de esquerda, da “geringonça”, de protegerem ainda hoje o executivo.

Para o PSD, disse o deputado Carlos Peixoto, tratou-se de um “ato de violência” que é “totalmente inaceitável e inadmissível, seja lá qual foi o autor ou a etnia” dos responsáveis.

E criticou o ministro da Administração Interna por, nas suas palavras, ter “desvalorizado e diminuído o incidente”.

Pelo PCP, o líder parlamentar, João Oliveira, acusou a direita de “tentativa de aproveitamento”, de empolarem os acontecimentos e procurarem “fazer vingar o discurso de ódio”.

Tal como os deputados dos restantes partidos, Norberto Patinho, do PS, condenou “veementemente” os acontecimentos, mas alertou que “é importante que são se façam generalizações” a partir de um incidente.

No momento de votar, as resoluções do CDS e do Chega foram chumbadas com os votos do PS, e no caso do Chega, com os do BE, PCP, PEV, Livre e PAN.

Os restantes projetos foram aprovados apesar da abstenção do CDS e do Chega no do PCP, Bloco e PEV.

O texto do PSD foi aprovado por unanimidade e o do PS só teve o voto contra do deputado do Chega.

Na madrugada de 02 de novembro, dois bombeiros da corporação de Borba ficaram feridos - um deles foi agredido - numa ocorrência que envolveu a invasão do quartel por um grupo de cerca de 20 pessoas.

Os bombeiros sofreram ferimentos ligeiros, um por agressão a murro e o outro devido a vidros partidos da porta principal do quartel, tendo sido transportados para o Serviço de Urgência Básica do Centro de Saúde de Estremoz, segundo responsáveis da corporação.

A GNR identificou três pessoas envolvidas no incidente em Borba, mas não efetuou qualquer detenção, disse à Lusa fonte da força de segurança, que explicou que o processo vai seguir os trâmites normais, através do Ministério Público.

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