O presidente egípcio Abdel Fatah al-Sisi foi reeleito para um segundo mandato com 97,08% dos votos válidos, ou seja, 22 milhões de votos, anunciou esta segunda-feira a Autoridade Nacional Eleitoral do Egito.
A participação foi de 41,5%, informou Lashin Ibrahim, presidente do órgão, em conferência de imprensa, citado pela agência France-Presse.
Em 2014, este índice chegou aos 37% em dois dias de votação e alcançou 47,5% após a prorrogação por mais um dia.
A Autoridade Nacional Eleitoral anunciou na quarta-feira que as pessoas que não votaram devem sofrer sanções.
As eleições no Egito decorreram entre segunda e quarta-feira da semana-passada e al-Sisi, eleito em 2014 com 96,9% dos votos, tinha a reeleição assegurada após afastar os principais adversários.
Na quarta-feira, em conferência de imprensa, o porta-voz da Autoridade nacional das eleições, Mahmoud el-Cherif, referiu-se a uma “afluência massiva perante as assembleias de voto”.
Nas eleições de 2014, que decorreram entre 26 e 28 de maio, Al-Sisi, 63 anos, obteve 96,91% dos votos contra Hamdeen Sabahi, com uma taxa de participação de 47,5% segundo os números oficiais, muito contestados pelas oposições que se referiu a uma “farsa”.
Agora, Al-Sisi apenas teve como adversário Moussa Mostafa Moussa, 65 anos, chefe do minúsculo partido liberal Al Ghad, e um fervoroso adepto do regime.
Outros potenciais candidatos, com mais credibilidade, ou foram detidos por violação da lei ou desencorajados a concorrer após forte pressão das autoridades.
Os apelos ao voto dos cerca de 60 milhões de potenciais eleitores foram permanentes, mas historicamente a participação nas eleições é muito baixa no Egito, com exceção das presidenciais de 2012, que elegeram o pró-islamita Mohamed Morsi, e as únicas que decorreram em liberdade e com garantias democráticas, com uma participação de 51,85% na segunda volta.
O ex-Presidente foi afastado num golpe militar em julho de 2013, fomentado por Al-Sisi, que depois assumiu o poder
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