Num comunicado conjunto, o Clube da Arrábida, o Oceans Alive, a Associação Zero, o Pestana Troia, o Eco Resort e o SOS Sado defendem a necessidade de se dar prioridade à salvaguarda de duas zonas protegidas, num momento em que se “enfrenta novamente um perigo avassalador, as dragagens do Sado”.

“Não podemos deixar desaparecer as zonas que suportam a nossa sobrevivência e que são cruciais para a conservação da natureza em Portugal e na Europa”, refere a nota.

Este comunicado surge na véspera de se assinalarem 43 anos da constituição do Parque Natural da Arrábida.

“A costa da Arrábida e o estuário do Sado são duas zonas protegidas que têm um papel chave na manutenção da biodiversidade marinha através dos seus serviços de maternidade e zona de alimentação”, apontam, exemplificando com as pradarias marinhas, com os recifes rochosos e com as florestas de algas.

“São habitats que suportam espécies emblemáticas, como o boto, o cavalo marinho, s baleia anã, raias, tubarões e golfinhos”, enumeram.

Nesse sentido, os signatários do comunicado pedem que o Governo aprove o alargamento do Sítio de Interesse Comunitário (SIC) ao Estuário do Sado e crie o SIC Costa de Setúbal, integrando ambos na rede ecológica europeia.

As associações pedem, igualmente, ao Governo que desista de realizar as dragagens previstas para o alargamento do porto de Setúbal.

“As extensas dragagens previstas terão o potencial impacto de aumentar drasticamente a erosão costeira, de fazer desaparecer as pradarias marinhas que ainda subsistem no estuário do Sado e de contaminar a cadeia alimentar”, alertam.

Em causa está o projeto de melhoria das acessibilidades marítimas ao porto de Setúbal, que a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) pretende levar a cabo, e que prevê a retirada de 6,5 milhões de metros cúbicos de areia do estuário do Sado, para alargamento e aprofundamento do canal de navegação.

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