O decreto presidencial de Trump visava travar a entrada de pessoas provenientes de sete países de maioria muçulmana, nomeadamente, do Irão, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iémen, nos EUA. A ordem visava ainda refugiados, que ficavam impedidos de pisar solo norte-americano por 120 dias. Caso fossem sírios, o impedimento era por tempo indeterminado.

Este decreto presidencial foi suspenso a nível nacional na passada sexta-feira, 4 de fevereiro, e o recurso apresentado pela administração Trump para que voltasse a entrar em ação imediatamente foi rejeitado no dia seguinte. A ordem temporária do juiz do juiz federal de Seattle, James Robart, que determinou a suspensão do decreto anti-imigração, surge na sequência de uma queixa do procurador-geral de Washington, Bob Ferguson.

“A opinião deste assim chamado juiz, que basicamente priva o nosso país da sua polícia, é ridícula e será anulado”, considerou o Presidente norte-americano, numa série de ‘tweets’ na rede social Twitter.

O documento apresentado por 97 empresas de tecnologia afirma que o impedimento decretado por Trump é ilegal e que prejudica a indústria, uma vez que dificulta a contratação de talentosos trabalhadores estrangeiros. Estas empresas argumentam ainda que a ordem de Trump limita a inovação e é má para o desenvolvimento económico. 

Pode ler-se no documento - que apoia a ação em curso para travar a ordem do presidente - que quem beneficia de uma atitude favorável à imigração “não são apenas os imigrantes que chegam ao país, mas o setor empresarial norte-americano, os trabalhadores e consumidores”. Além disso, denunciam as tecnológicas, a decisão arbitrária é feita exclusivamente com base na nacionalidade.

Além das empresas já enunciadas, também assinam este documento a Uber, o Reddit, Netflix e a Dropbox. Entre as notáveis ausências está a Amazon - que já antes tinha manifestado o seu apoio à batalha legal contra o decreto presidencial -, a Tesla e a SpaceX, ambas de Elon Musk, consultor de Donald Trump, escreve o The Guardian.