Eduardo Cabrita teve hoje uma primeira reunião nesta legislatura, onde foi reconduzido no cargo de ministro da Administração Interna, com a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), Sindicato Independente dos Agentes de Polícia (SIAP), Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP), Sindicato Unificado da Polícia de Segurança Pública (SUP) e Sindicato Nacional de Oficiais de Polícia (SNOP), os que “têm capacidade negocial”, desde que entrou em vigor a lei sobre as estruturas sindicais da PSP.

À saída da primeira reunião no MAI, em Lisboa, que durou cerca de uma hora e meia, Paulo Rodrigues, presidente da ASPP/PSP disse aos jornalistas que o ministro garantiu estar “disponível para dialogar e resolver um conjunto de questões” e que, inclusive, “fez algumas programações para discutir algumas matérias” que para os sindicatos “são muito importantes”.

“Está disponível a programar num curto espaço de tempo a debater propostas para a sua resolução, nomeadamente aquelas que estão na base da manifestação conjunta da PSP e GNR agendada para 21 de novembro”, entre as quais a tabela remuneratória, disse Paulo Rodrigues.

O dirigente sindical avançou que entre as questões prementes estão a lei que fiscaliza as condições de trabalho, a saúde, higiene e segurança no trabalho dos polícias, que é um projeto que vem da anterior legislatura e que deve ser aplicada o mais rapidamente possível.

“Relativamente à atualização dos suplementos ou da atualização remuneratória também está disponível a fazê-lo (…) e há uma outra solução que tem a ver com o pagamento dos suplementos em tempo de férias que foram retirados desde 2011”, referiu, acrescentando que em 2018 o Supremo Tribunal Administrativo considerou ilegal este corte.

Segundo Paulo Rodrigues, Eduardo Cabrita disse que está disponível para devolver esses valores aos polícias, de uma forma faseada, e disposto a apresentar uma proposta nesse sentido.

Contudo, o líder sindical considerou que estas propostas de intenção não são suficientes ainda para fazer desmarcar a manifestação de agentes da autoridade em Lisboa, reiterando que este primeiro-ministro e o próprio MAI ao longo dos quatro anos da legislatura tiveram tempo de analisar e estudar os problemas e que agora é tempo de agir o mais brevemente possível.

“Estamos disponíveis para dialogar e encontrar soluções, mas tem de ser o mais rapidamente possível”, vincou.

Quanto à manifestação de dia 21, com concentração no Marquês do Pombal, em Lisboa, e desfile até São Bento, convocada pela ASPP/PSP e pela Associação dos Profissionais da Guarda, da GNR (APG/GNR), mas que já conta com apoio de outras estruturas sindicais e associativas, como o autodenominado Movimento Zero e cuja composição é desconhecida, Paulo Rodrigues manifestou o desejo e a convicção de que “será pacífica” e “muito participada”, já que existe muita insatisfação no seio das Forças de Segurança.

“Queremos que a força desta manifestação seja pela quantidade de elementos da PSP e da GNR presentes e não por alguma coisa, de que já se fala, que poderá haver alterações da ordem pública. O que queremos é que a manifestação corra com toda a razão possível. Entramos nela com razão, com motivos para a realizar, e queremos que seja terminada com a mesma razão que nos levou a realizá-la”, sublinhou.

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