Os ataques atingiram posições do exército sírio e das Forças Democráticas Sírias (FDS), controladas pelos curdos e apoiadas pelos Estados Unidos, perto da cidade de Kobani, anunciou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

As três pessoas que morreram nesses ataques usavam uniformes militares, segundo a ONG com sede na Grã-Bretanha, mas que tem uma grande rede de fontes na Síria.

O Observatório relata ainda vários ferimentos, alguns deles graves, mas não forneceu números exatos.

Segundo a ONG, esta manhã, as forças turcas foram alvo de fogo de Kobané, não muito longe da fronteira.

Em guerra desde 2011, a Síria está fragmentada devido à intervenção de múltiplos grupos e potências estrangeiras no conflito.

Entre 2016 e 2019, o exército turco lançou três grandes operações no norte da Síria visando milícias e organizações curdas.

As forças do regime foram implantadas em áreas controladas por combatentes curdos, sob acordos projetados para conter uma nova operação turca.

Desde julho, os drones turcos atingem cada vez mais áreas controladas pelas forças curdas sírias de um lado, que controlam a maior parte do nordeste do país, segundo o Observatório e autoridades curdas, mas é raro que as operações turcas na fronteira provoquem a morte de soldados pró-regime.

Em meados de agosto, a agência oficial de notícias síria Sana confirmou a morte de pelo menos três soldados sírios em ataques turcos perto da fronteira.

A Turquia, cujos soldados estão presentes em áreas do norte da Síria, vem ameaçando, desde maio, lançar uma grande ofensiva contra as Forças Democráticas Sírias, que considera “terroristas”.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, reafirmou que seu exército está “pronto” a qualquer momento para uma nova ofensiva.

Ancara diz que quer criar uma “zona de segurança” de 30 quilómetros na sua fronteira a sul.

Após o eclodir da guerra na Síria, que fez mais de meio milhão de mortos, a Turquia opôs-se ao regime de Bashar al-Assad, com um apoio inabalável aos grupos rebeldes sírios.