Dos cinco 'rockets' disparados sobre a base de Balad, a norte de Bagdade, dois chocaram contra um dormitório e uma cantina da empresa americana Sallyport, disse à AFP uma fonte de segurança, sem precisar se houve vítimas.

Os aviões F-16 estão estacionados na base de Balad, onde se encontram várias empresas que fazem a manutenção, com empregados iraquianos e estrangeiros.

O ataque não foi imediatamente reivindicado, mas Washington acusa regularmente os grupos armados iraquianos próximos do Irão, inimigo dos Estados Unidos, de terem como alvo as suas tropas e os seus diplomatas no Iraque.

No total, cerca de 20 ataques com bombas ou 'rockets' tiveram como alvo bases que abrigam soldados americanos ou representações diplomáticas desde que Joe Biden tomou posse, no final de janeiro, enquanto outras dezenas ocorreram desde o outono de 2019, sob a administração de Donald Trump.

Na quarta-feira, os ataques atingiram um novo patamar: pela primeira vez as fações iraquianas pró-iranianas encetaram um ataque com um avião não tripulado contra instalações americanas no aeroporto de Erbil, no Curdistão iraquiano (norte).

As investidas têm acontecido num período de tensão entre Washington e Teerão sobre a questão nuclear iraniana.

Nos ataques registados desde finais de 2019, dois americanos foram mortos, assim como um civil iraquiano.

Um homem iraquiano, a trabalhar para uma empresa que faz a manutenção de aviões F-16 americanos para os militares iraquianos foi ferido em Balad em 21 de fevereiro. Em 4 de abril a base foi novamente visada, desta vez sem causar quaisquer baixas.

Estes ataques são por vezes reivindicados por grupos obscuros, frentes de grupos armados pró-iranianos que estão presentes no país há muito tempo, analisam os especialistas, citando os discursos dos líderes dessas fações, que regularmente ameaçam “atacar com mais frequência e mais força” os 2.500 soldados americanos ainda estacionados no Iraque.

Em 7 de abril, Washington e Bagdade retomaram o “diálogo estratégico” que deverá dar origem a um calendário para a retirada da coligação internacional que se deslocou em 2014 para combater o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

Inimigos declarados, a República Islâmica do Irão e os Estados Unidos têm ambos uma presença ou aliados no Iraque.

Os Estados Unidos têm no Iraque cerca de 2.500 soldados e o Irão tem o apoio, entre outros, do Hachd al-Chaabi, uma coligação de grupos paramilitares integrados no Estado.

O governo iraquiano de Mustafa al-Kazimi, visto como mais pró-americano do que o seu antecessor, é regularmente ameaçado por pró-iranianos.

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