“Vamos atuar de forma contundente, vamos ter mais recursos” e proceder de forma energética “para eliminar a desflorestação ilegal na Amazónia”, disse Leite à imprensa, ao lado do ministro das Relações Exteriores, Carlos França, e da ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

Leite considera “inaceitáveis” os dados oficiais divulgados na semana passada, segundo os quais a Amazónia brasileira perdeu 13.235 quilómetros quadrados de cobertura vegetal entre agosto de 2020 e julho de 2021, o que representa a maior área degradada em doze meses nos últimos 15 anos.

O reconhecimento da gravidade da situação por Leite vai em sentido contrário ao que afirma o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, que na semana passada, após ter conhecimento dos números da devastação, voltou a negar que a Amazónia brasileira esteja a ser destruída.

“Se a desflorestação tivesse as proporções que estão dizendo, a Amazónia já seria um deserto”, disse o chefe de Estado, que atribuiu a informação sobre a devastação naquela região a pessoas que “trabalham contra o país, afastam investimentos e geram muitas dificuldades económicas”.

O ministro do Meio Ambiente, pelo contrário, além de reconhecer que a desflorestação ilegal avança sem parar, insistiu que o Brasil deve enfrentar esse problema e reiterou que o país se comprometeu a “eliminar a desflorestação ilegal até 2028”.

Essa meta foi apresentada recentemente na 26.ª cimeira das Nações Unidas sobre alterações climáticas (COP26), mas as autoridades brasileiras ainda não definiram totalmente os seus planos para alcançá-la.

Leite, porém, explicou que o seu gabinete está a analisar com outros órgãos do Governo, entre os quais o Ministério da Justiça e Segurança Pública, um futuro reforço dos polícias e militares que atuam na região amazónica.

“Vão atuar de forma contundente”, reforçou o governante, mas sem entrar em detalhes sobre esses planos.

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