A lavrar desde sexta-feira, o incêndio de Monchique continua a ameaçar as populações. Esta tarde, as chamas chegaram a Enxerim, às portas de Silves.

As imagens transmitidas pela SIC no local mostram os esforços de evacuação desta localidade, onde se pode ver um fumo espesso na rua, que dificulta a visibilidade e a atuação das autoridades.

Também a localidade de Pedreira, em Silves, esteve ameaçada pelas chamas.

Pelas 19h00, segundo o site da Proteção Civil, os incêndios em Monchique eram combatidos por 1466 operacionais, apoiados por 456 viaturas e 15  meios aéreos.

O presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera avisou que hoje o dia ia ser “extremamente difícil na zona de Monchique" em termos meteorológicos, tendo a expectativa que "a situação muito má" melhore nos próximos dias.

Jorge Miranda foi um dos intervenientes no balanço que hoje decorreu na Autoridade Nacional de Proteção Civil, em Lisboa. "Hoje ainda vai ser um dia extremamente difícil na zona de Monchique", disse, em relação às previsões meteorológicas.

De acordo com o presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), "os próximos dias darão eventualmente alguma melhoria" e do ponto de vista do índice relativo à previsão sobre a evolução de um incêndio, espera-se que a "situação muito má" que hoje se vive melhore nos dias que aí vêm".

O incêndio rural deflagrou na sexta-feira à tarde em Monchique, no distrito de Faro, e alastrou-se aos concelhos vizinhos de Portimão e de Silves, onde hoje está a lavrar com intensidade.

Segundo um balanço feito hoje de manhã, há 32 feridos, um dos quais em estado grave (uma idosa internada em Lisboa), e 181 pessoas mantêm-se deslocadas, depois da evacuação de várias localidades.

De acordo com o Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais, as chamas já consumiram mais de 21.300 hectares. Em 2003, um grande incêndio destruiu cerca de 41 mil hectares nos concelhos de Monchique, Portimão, Aljezur e Lagos.

Na terça-feira, ao quinto dia de incêndio, as operações passaram a ter coordenação nacional, na dependência direta do comandante nacional da Proteção Civil, depois de terem estado sob a gestão do comando distrital.