A marcha, que se realiza desde 2013 em vários países, acontecerá dias depois de um júri norte-americano ter condenado a Monsanto, detida pelo gigante químico Bayer, a pagar uma indemnização no valor de 1,8 mil milhões de euros a um casal que responsabilizou o herbicida Roundup pelo cancro de que sofrem.

Em Portugal, está marcada uma manifestação para sábado na Praça dos Poveiros, no Porto, com percurso planeado até à Praça D. João I, como se lê na página da rede social Facebook 'Stop Monsanto Portugal'.

França, Alemanha, Sérvia, Chipre, Índia, Canadá, Estados Unidos, México, Chile e Austrália estão entre os países onde os ativistas vão protestar contra a atividade da Monsanto e reclamar um novo modelo de exploração agrícola.

"Dirigimo-nos à Monsanto como símbolo das multinacionais agroquímicas", afirmou à agência France Presse a ativista Anastasia Magat, do coletivo francês 'Combat Monsanto', que hoje apresentou a marcha mundial em Paris.

O que os ativistas criticam é "a mercantilização do que é vivo, o ecocídio gerado pelos produtos fitossanitários, as políticas duvidosas do 'lobbying'", declarou.

"Exigimos reparações para as vítimas e reclamamos um outro modelo agrícola", salientou.

Anastasia Magat referiu que "fala-se muito de ecologia na campanha para as eleições europeias, mas o tempo das promessas acabou e são precisas ações", nomeadamente deixar de utilizar pesticidas sintéticos, regulamentar o 'lobbying' e indemnizar as vítimas.